O V. Guimarães disse «olá» a 2015 com regressos. A alegria de festejar um golo voltou ao rosto dos adeptos vitorianos (recorde-se que os minhotos ficaram em branco no mês de dezembro) e regressaram também aos triunfos que escaparam no último mês do ano que terminou. A vítima foi o Nacional da Madeira, que saiu do D. Afonso Henriques vergado por uma derrota expressiva por quatro bolas a zero.

Contudo, o regresso mais saboroso para o conjunto de Rui Vitória é o salto para o pódio, mais precisamente para o terceiro posto da classificação. O V.Guimarães ultrapassa o Sporting e o Sp. Braga com chapa quatro, com direito a um «hat-trick» de André André e uma bomba de Ricardo a abrir o ativo.

Comecemos por aí, pela bomba de Ricardo. Aos 28 minutos, o avançado lançado por Rui Vitória desferiu um potente remate que derrubou a organização do Nacional. Provavelmente, Ricardo até nem seria opção de início, caso Alex não se tivesse lesionado, mas a verdade é que foi o cabo-verdiano que esteve pré-convocado para a CAN a pôr um travão no mau futebol praticado no D. Afonso Henriques.

Do encaixe aos três golos em nove minutos

Mau futebol porque, antes do primeiro golo, as duas equipas encaixaram-se taticamente, fecharam espaços e privilegiaram a organização defensiva à acutilância atacante, jogando praticamente sem correr riscos. Houve, praticamente, meia hora sem motivos de interesse e sem rasgos de criatividade. Uma má entrada em jogo de parte a parte.

Até que Ricardo resolveu o enigma, ao fazer o primeiro golo da turma minhota e precipitando o esmorecer da equipa de Manuel Machado. Os insulares nem tiveram tempo para se recompor, uma vez que, passados apenas quatro minutos, o V.Guimarães ampliou a contagem por intermédio de André André na transformação de uma grande penalidade.

Lance típico entre o guarda-redes e o avançado, Tomané aproveita o contacto com Gottardi para cair e pedir castigo máximo. O guarda-redes brasileiro disse que não, mas o que é certo é que o árbitro Fábio Veríssimo foi peremptório a apontar para a marca dos onze metros. André André não desperdiçou e cobrou o penálti sem mácula.

O mesmo André André que aproveitou um lance confuso no interior da área do Nacional para impor o seu estatuto e empurrar para o fundo das redes uma bola que ninguém quis tirar do coração da área insular. Impensável: em apenas nove minutos o V.Guimarães emergiu de um jogo pobre para construir um resultado expressivo.

Show de André André continuou no segundo tempo

Com uma desvantagem de três golos, a lei do futebol ditou um Nacional mais interventivo no segundo tempo. Manuel Machado mexeu na sua equipa, fez duas alterações no meio campo e tentou dar um safanão na sua equipa, mas a verdade é que Assis nunca teve as suas redes em perigo.

Lucas João, um dos homens que o técnico do Nacional da Madeira lançou no decorrer dos segundos quarenta e cinco minutos ainda reclamou uma grande penalidade num lance em que foi travado em falta por Josué, mas, desta feita, não houve lugar à marcação de castigo máximo.

Quando o encontro parecia encaminhar para nova chapa três do V.Guimarães, os minhotos tiraram um quarto golo da loja do mestre André. Numa jogada de envolvimento do ataque, foi o médio a disferir o remate certeiro para o fundo das redes. Remate seco, em arco a passar ao lado de Gottardi.

Falharam os golos à equipa de Guimarães no mês passado, a reposta foi dada com um triunfo robusto, que põe assim fim a uma série negra de quatro jogos sem vencer. Resultado demasiado pesado para o Nacional, que continua sem vencer fora de portas na presente edição da Liga.