Oito golos a abrir a terceira jornada. Duelo frenético no D. Afonso Henriques, o V. Guimarães venceu o Paços de Ferreira (5-3) num jogo verdadeiramente de loucos. O Paços marcou aos 43 segundos, mas os minhotos deram a cambalhota ao marcador e o resultado ganhou contornos de goleada. Reação pacense evitou números mais pesados perante um V. Guimarães que promete.

O encontro começou a todo o gás, frenético e polémico. Fazendo jus à tradição recente de marcar cedo em Guimarães, o Paços nem precisou de um minuto inaugurando o marcador quando estavam decorridos apenas 43 segundos.

Welthon conduziu o esférico serpenteando por entre vários adversários, contando com demasiada passividade dos defensores do Vitória, rematando depois cruzado. Adrézinho faz a emenda praticamente em cima da linha de golo, ficando a dúvida se o jogador do Paços, adiantado em relação à defesa, estava atrás da linha da bola aquando do remate do companheiro.

Cambalhota contra os fantasmas

Preparava-se os fantasmas para assombrar o anfiteatro vimaranense, mas Marega, que parece avesso a tradições, já tinha encaminhado os vimaranenses para o triunfo na Madeira, empatou o golo na sequência de um pontapé de canto aos cinco minutos. Ao segundo poste, o atacante atirou para o fundo das redes depois de penteada no coração da área.

Apenas três minutos depois, aos oito, as bancadas entraram novamente em ebulição. Servido por Marega, também num pontapé de canto, Josué cabeceou para o fundo das redes, mas foi assinalada posição irregular erradamente.

A cambalhota no marcador foi operada pouco depois, com Mateus a introduzir a bola na própria baliza depois de um cruzamento de Pedrão da esquerda. Ao tentar impedir que Soares chegasse ao esférico, o médio pacense fez autogolo. Isto tudo em apenas quinze minutos de futebol.

Na frente do marcador, um V. Guimarães de processos simples apareceu várias vezes com muita rapidez na cara de Defendi. Oportunidades em catadupa faziam o triunfo pela margem mínima ser lisonjeiro ao intervalo. Raphinha, Marega, Soares e Hurtado iam colecionando ataques rápidos, faltavam mais golos perante um Paços que acusou o toque da vantagem perdida.

Paços reage e nivela goleada

Depois do descanso, e de mais um aviso pacense em poucos segundos por intermédio de Osei, em apenas treze minutos o V. Guimarães marcou três golos. Marega bisou aos 49 minutos correspondendo da melhor forma a um trabalho primoroso de Raphinha na esquerda.

Não parava o Vitória e apenas cinco minutos depois Hurtado fez o quarto do encontro. João Aurélio cruzou da direita, Soares não chegou ao esférico e Hurtado fez a emenda com um mergulho portentoso no coração da área, batendo Defendi. A s contas par ao lado do V. Guimarães foram fechadas por Soares, de grande penalidade, a sancionar falta do guarda-redes do Paços sobre Marega.

Mão cheia de golos, quatro de diferença, o jogo estava resolvido, mas Pedrinho ainda deu um ar da sua graça e bisou, nivelando a goleada. Primeiro com um remate fulgurante de fora da área, depois da marca dos onze metros, o reforço do Paços pintou um esboço de reação, ainda assim curto para permitir a entrada na luta pelo resultado.  

Apenas o apito final de Bruno Esteves pôs fim a um jogo verdadeiramente de loucos, que regista o segundo triunfo consecutivo do V. Guimarães, a estreia vencer de Pedro Martins em casa e um Vitória rápido e eficaz na movimentação ofensiva. O Paços, que até entrou bem, ainda não ganhou na presente temporada.