FIGURA: Miguel Silva

O jogo até nem começou propriamente bem, falhou o primeiro pontapé na bola atirando para fora e Conceição pediu calma. O jovem guarda-redes acenou com o polegar e partiu para uma exibição positiva. Parou uma emenda à queima-roupa de Coats e negou o golo a Gelson Martins com uma defesa aparatosa ainda no primeiro tempo. Na segunda parte colecionou mais uma série de intervenções que seguraram o nulo até ao apito final de Tiago Martins. Exibição com algum nervosismo, mas irrepreensível entre os postes a suster tudo que havia para segurar.

MOMENTO: perdida de Bryan Ruiz (60’)

Subida de Schelotto pelo lado direito do ataque, cruzando depois com as medidas certas para o coração da área. Miguel Silva tentou intercetar o lance e estirou-se em voo, mas não conseguiu parar o esférico. À vontade, o costa-riquenho cabeceou por cima quando tinha a baliza à sua mercê. Perdida incrível de Bryan Ruiz, que apesar desse lance rubricou uma exibição de bom nível.

NEGATIVO: Schelotto de cabeça perdida

A primeira parte estava a meio quando Dalbert e Schelotto disputaram o esférico de forma musculada. O vimaranense foi com tudo, pela segunda vez num curto espaço de tempo, e o argentino do Sporting não gostou. Tirou satisfações com o jogador da equipa da casa e teve de ser agarrado pelos colegas e por Jorge Jesus, instalando-se a confusão no relvado. Estava de cabeça perdida o lateral, e fica a dúvida o que teria feito caso não escorregasse. No fim Schelotto chamou Dalbert para trocarem um longo cumprimento seguido de um abraço. Tudo sanado no final.

OUTROS DESTAQUES

Schelotto

Excetuando o lance que que perdeu as estribeiras, o lateral direito da turma de Alvalade teve uma prestação regular. Sem falhas a defender, deu profundidade ofensiva ao Sporting através do seu flanco. Fez várias combinações, primeiro com Gelson Martins, depois com João Mário, tirando vários cruzamentos perigosos.  

Henrique Dourado

Jogo complicado para o avançado brasileiro, melhor marcador do Vitória. Não teve oportunidade para rematar e muito do seu jogo foi feito longe da baliza de Rui Patrício. Mesmo num cenário adverso não virou a cara à luta, em prol da equipa prestou-se a outras funções que não as suas, palmilhou terrenos que não são os seus e acabou em esforço. Exibição extremamente útil.

Slimani

A mobilidade do costume na frente do ataque, a pôr a cabeça em água aos centrais do V. Guimarães. Limitou muito a saída da bola e a construção de jogo à equipa da casa com a sua pressão constante. Esteve perto do golo ao minuto 21 num lance em que a bola acabou por cair em cima da rede da baliza dos minhotos.

Otávio

Teve menos espaço do que no municipal bracarense, a exibição do dérbi valeu-lhe marcação apertada, mas mesmo assim arranjou espaço para esboçar algumas arrancadas. Destaca-se como o homem das bolas paradas dos minhotos. Foi sacrificado a um quarto de hora do fim a quando da expulsão de Josué.

Gelson Martins

Dos mais mexidos do Sporting no D. Afonso Henriques. O extremo, uma das muitas caras novas apresentadas por Jesus, provocou desequilíbrios e rubricou um dos lances de maior perigo dos leões até ser substituído.