O V. Guimarães voltou a igualar o Sp. Braga no quarto posto da classificação, vencendo na receção ao Tondela (2-1). Texeira e Hurtado adiantaram os vitorianos no marcador, prometendo uma tarde fácil, mas Jaílson reduziu de grande penalidade a seis minutos dos noventa, arrastando a indefinição no marcador até ao final.

Fase final do encontro que pôs água na fervura depois de uma primeira parte de grande nível por parte do V. Guimarães, que pelo que fez na primeira metade ameaçava um resultado volumoso. A equipa de Pedro Martins falhou várias oportunidades, acabando por tremer na fase final, ainda assim sem pôr em causa a conquista dos três pontos.

A equipa do Tondela subiu ao relvado ainda mais último depois de o Nacional ter vencido minutos antes no terreno do Estoril, assumindo a dianteira no que à fuga aos lugares de despromoção dos respeito. Lanterna com o vermelho ainda mais carregado à entrada para o encontro.

Tondela ainda mais vermelho engolido

Estigma negativo para a equipa de Pepa que teve seguimento com o apito inicial de Hugo Miguel. Os tondelenses foram engolidos por um D. Afonso Henriques em ebulição a acompanhar aquela que foi uma primeira parte de luxo do conjunto de Pedro Martins, pecando apenas na finalização, uma vez que o 2-0 ao intervalo até se pode considerar lisonjeiro face à diferença entre as duas equipas.

Elucidativo disso mesmo é o facto de o Vitória precisar apenas de três minutos para criar perigo, com Bruno Gaspar a enviar a bola ao ferro da baliza de Ricardo Janota. Os vitorianos abriram o ativo ao minuto catorze, um golo que se adivinhava a culminar um primeiro quarto de hora de autêntico assédio da equipa de Pedro Martins à baliza adversária.

Hernâni teve tudo para fazer o golo, Janota ainda evitou um golo que parecia certo num cabeceamento de Marega, avisos que tiveram a sequência esperada com um remate de Texeira que Osório desviou para a baliza do estreante Ricardo Janota.

Com a dupla Murillo e Murilo na frente Pepa tentou dotar a frente de ataque do Tondela com velocidade, mas os contragolpes não saíram e, por isso, o cabeceamento de Hurtado a passe de Hernâni, já nos descontos da primeira parte, a conferir justiça ao desnível registado.

Passividade vale tremedeira

Depois do período de descanso o V. Guimarães apresentou-se muito passivo, molengão até, baixando consideravelmente o ritmo do jogo em relação à fase inicial. Foi neste período que o Tondela mais incomodou, por mérito próprio na corrida atrás do resultado, mas também muito por a equipa de Pedro Martins ter tirado o pé do acelerador.

O jogo arrastou-se nesta toada até ao minuto 83, altura em que John Murillo cavou uma grande penalidade num lance dividido com Prince e Douglas. O extremo venezuelano fugiu pela esquerda e caiu desamparado, entendo Hugo Miguel que foi derrubado por Douglas.

Jaílson não desperdiçou da marca dos onze metros e relançou os minutos finais do encontro, fazendo o Vitória tremer. Ainda assim, a reacção do Tondela não foi suficiente para pôr em causa a justiça do marcador.

Volta a encostar-se ao rival minhoto no quarto lugar o V. Guimarães, fazendo do Tondela ainda mais último naquele que foi o nono jogo sem vencer. A primeira parte do Vitória merecia e fazia antever um triunfo mais folgado, mas ainda assim a falsa promessa de uma tarde tranquila foi suficiente para conquistar os três pontos.