O Setúbal foi mais Vitória no D. Afonso Henriques.

Depois de seis jogos sem conhecer o sabor dos triunfos, os pupilos de Bruno Ribeiro voltaram a vencer, acentuando a crise de resultados deste V. Guimarães na segunda volta.
 
Um golo de Rambé, emprestado ao V.Setúbal pelo rival Sp. Braga, foi suficiente para os sadinos saírem de Guimarães com os três pontos, naquela que foi a primeira vitória do V.Setúbal longe do Bonfim esta época.
 
Na ressaca ao jogo do Bessa, em que estava prometida uma reação à arbitragem de João Capela por parte do V. Guimarães, a verdade é que os minhotos entraram amorfos no jogo, sem intensidade e sem capacidade para articular o seu jogo.
 
Perante a passividade da equipa da casa, aproveitou o V.Setúbal para criar alguns calafrios nos minutos iniciais. Logo aos sete minutos Rambé esteve na cara de Douglas, completamente sozinho, mas o remate de cabeça não teve força suficiente para ultrapassar Douglas.
 
Sem Rui Vitória no banco de suplentes, que se encontra suspenso, o V.Guimarães tardou em encontrar-se, mas lá se encontrou como equipa e esboçou uma reação à entrada atrevida dos sadinos no D. Afonso Henriques.
 
Equilibrou a contenda em número de oportunidades, depois da oportunidade de Rambé Ricardo Valente também apareceu em posição privilegiada, tinha apenas Raeder pela frente, mas não conseguiu desviar o esférico do guarda-redes alemão dos setubalenses.
 
Empate técnico ao intervalo. Mais posse de bola e domínio territorial do V.Guimarães na primeira parte, mas com alguns rasgos ofensivos o V.Setúbal deixava a sua marca e mostrava que podia lutar pelos três pontos.
 
O reatar do encontro trouxe consigo a vantagem do V.Setúbal, uma vez que os sadinos chegaram ao golo aos 52 minutos. Advíncula ganhou o duelo a Chemmam, situação recorrente no encontro, e numa transição rápida serviu Rambé no eixo da defesa. O avançado cabo-verdiano bateu Douglas, com uma grande dose de felicidade à mistura, e colocou à equipa do Sado na frente do marcador.
 
Arnaldo Teixeira, adjunto de Rui Vitória, respondeu. Tirou o médio mais recuado e o lateral esquerdo para introduzir em campo mais um avançado e um médio de construção. Resposta apenas no plano teórico, uma vez que em termos práticos pouco ou nada se alterou e o V.Guimarães não conseguiu a resposta que se lhe exigia.
 
A organização do V.Setúbal fez o resto. Bruno Ribeiro compactou a sua equipa, anulou as principais peças dos minhotos. Tomané ainda obrigou Raeder a fazer uma defesa de recurso, mas tratou-se apenas de um lance fortuito, fruto da tentativa de chuveirinho para área sadina.
 
Triunfo muito festejado pelo V. Setúbal. Não é para menos, trata-se de um autêntico balão de oxigénio, quando a linha de água ameaçava fazer engolir o conjunto de Bruno Ribeiro. Depois de seis jogos sem vencer, o técnico sadino volta a sorrir.
 
Os jogadores do V.Guimarães saíram do relvado debaixo de assobios. A equipa não se articulou, nada saiu bem e a diferença para o quinto lugar pode cifrar-se em apenas dois pontos no final da jornada. Nas últimas oito jornadas os minhotos venceram apenas uma vez.