Académica sem alma, sem ligação, sem chama. V.Setúbal organizado, atento, a saber aproveitar os deslizes do adversário, perspicaz no contra-ataque. 

Foi a noite de Suk: o sul-coreano abriu o marcador à bomba, com um golo de levantar bancadas, que ficará como um dos grandes momentos deste início da Liga 15/16. 

Suk não se ficou pelo golaço aos 17 e fez o 0-2, com belo sentido de oportunidade. O momento foi a machadada fatal no que restava de esperança de uma Briosa pouco digna desse nome, nesta partida. 

O 0-4 talvez seja pesado (e no terceiro golo parece haver fora de jogo...), mas sublinha os traços essenciais desta partida: muito fáceis de identificar. 
 
FICHA DO JOGO E AO MINUTO
 
Foi uma primeira parte interessante, coroada com o tal golaço do sul-coreano Suk.
 
A Académica, nos primeiros minutos, dava mostras de querer dominar, mas sem causar grande perigo. Viria, no entanto, a ser o V. Setúbal a pegar no jogo, a partir do minuto dez.
 
E não demorariam muito os sadinos a chegar ao 0-1: Suk disparou de longe, Trigueira (que minutos antes tinha chocado com violência com o sul-coreano) não teve hipóteses de lá chegar.
 
A Académica demorava a reagir e o V. Setúbal estava mais tranquilo no jogo. De tal modo que até chegou a sonhar com o 0-2.
 
Mesmo assim, a Briosa reapareceu nos minutos finais do primeiro tempo e Gonçalo Paciência quase surgiu na área em posição de tiro, não fosse o corte para canto de Fábio Pacheco.
 
FICHA DO JOGO E AO MINUTO
 
A questão é que a Académica foi mesmo para intervalo a perder 0-1. E a partir daí tudo ficou mais complicado para a formação de José Viterbo.

O arranque de segunda parte parecia indicar um assomo de reação dos visitados, mas o 0-2 de Suk arrumou a dúvida. André Claro, logo a seguir, aproveitou o estado de choque da defesa academista para somar o terceiro.

Depois do 0-3, viu-se um V. Setúbal a gerir esforço e vantagem e uma Académica a tentar recompor-se. 

A história do jogo, essa, estava contada há muito tempo. Mas ainda deu para João Costa fazer o 0-4, aos 82.

O conjunto de Quim Machado, depois daquele empate 2-2 no Bonfim com o Boavista, cedido após vantagem de 2-0, confirmou qualidade e termina a segunda jornada muito bem posicionado, com pontos e saldo de 6-2 em golos (é o melhor ataque da Liga, acima de FC Porto, Rio Ave, Benfica e Belenenses, todos com quatro).

Promete.