A figura: Jonas

Mais dois golos para a conta pessoal, a dobrar os 100 com a camisola do Benfica (já vai em 101) e a aumentar a vantagem no topo da lista de melhores marcadores. Resumindo, mais uma exibição a mostrar que pode perfeitamente ser o «9» da equipa, se o coletivo o permitir. Se tiver liberdade de movimentos e bem suportado, ao invés de abandonado a trinta metros da baliza. Isso fica patente nestes jogos de maior caudal ofensivo, agora imagine se a equipa andasse com o nível exibicional mais regular. Para além dos dois golos ainda fez a assistência para o último tento, da autoria de Zivkovic.

O momento: minuto 48

O Benfica foi para o intervalo com dois golos de vantagem, mas ambos marcados de bola parada, depois de uma primeira parte pouco empolgante, apesar da justa vantagem. A expulsão de Nuno Pinto (45m) acentuou o desequilíbrio e o Benfica arrancou para a goleada na segunda parte. O golo de Salvio, logo a abrir (48m), foi o primeiro de bola corrida e marcou, de certa forma, o ponto de partida para uma etapa complementar bem mais vistosa.

Outros destaques:

Pizzi

A melhor exibição do médio esta época, e essa talvez seja a melhor nota individual que Rui Vitória tira deste encontro, por mais que Jonas seja “a figura”. Apareceu mais confiante, e essa alegria foi crescendo com o jogo, até pelas duas assistências que fez. E que ninguém duvide que o eventual reaparecimento do “velho Pizzi” pode ser um enorme estímulo para este Benfica.

Luisão

Voltou aos golos na Liga, 940 dias depois. Não marcava para o campeonato desde maio de 2015, e estava em «jejum» absoluto desde outubro de 2016, quando marcou ao 1º de Dezembro na Taça de Portugal. Levantou a voz lá atrás, ainda que o jogo se tenha tornado fácil, e recuperou uma influência ofensiva que já não tinha há muito. É que para além do golo ainda provocou o segundo cartão amarelo a Nuno Pinto.

André Almeida

Se Grimaldo foi o lateral em destaque na primeira parte, aliado a Krovinovic e Cervi para as melhores combinações do Benfica, a saída do espanhol “destapou” o lateral direito. Mais ofensivo na etapa complementar, uma vez que o Benfica estava em superioridade numérica, André Almeida acabou por fazer um golo e uma assistência. Uma noite pouco habitual para o «34» do Benfica.

Nuno Pinto e Vasco Costa

A escolha destes dois jogadores pretende representar a noite de pesadelo que o Vitória teve na Luz, a fechar uma «semana atípica», como José Couceiro a apelidou. A expulsão de Nuno Pinto, por acumulação de amarelos (45m), foi um duro revés para a equipa sadina, ainda que por essa altura já o Benfica vencesse por 2-0. E depois o infortúnio de Vasco Costa, que entrou ao intervalo e esteve apenas sete minutos em campo, devido a lesão.