A figura: Fábio Espinho

Lançado de início por Miguel Leal, em detrimento de Makhmudov, revelou-se como o cérebro do futebol ofensivo dos axadrezados. Desperdiçou a primeira grande oportunidade do encontro, mas quando chamado a converter o castigo máximo não tremeu e atirou a contar. Pese embora tenha-se destacado no plano ofensivo, o camisola 10 do Boavista não se fez rogado na hora de cerrar fileiras e segurar a vantagem. Nota para o sublime o passe de calcanhar a tentar isolar Iuri no final do primeiro tempo. Foi substituído a cinco minutos do final da partida, sob cânticos e aplausos dos adeptos.

O momento: Frieza nos pés de Fábio Espinho

Schembri foi derrubado dentro da área por Vasco Fernandes e o árbitro apontou para a marca dos onze metros. Chamado a converter o castigo máximo, o antigo jogador do Moreirense com classe, não tremeu e deu justiça ao marcador, premiando o maior ascendente do Boavista. O golo apontado aos 27 minutos revelou-se decisivo no desfecho da partida.

OUTROS DESTAQUES:

André Schembri - Travou uma luta desigual no meio dos centrais do Vitória, o que o obrigou a descair para zonas laterais para, a partir daí, entrar em combinações com os seus companheiros. Aliou pormenores técnicos interessantes a uma grande capacidade de luta. Ainda que nem sempre serviço da melhor maneira pelos seus companheiros, acabou por estar ligado ao (primeiro-único) golo da partida ao sofrer a falta que dá origem à grande penalidade. Saíu, esgotado, a vinte minutos do fim.

Iuri Medeiros - Rápido, irreverente e com uma capacidade técnica acima da média foi o jogador mais perigoso do trio ofensivo do Boavista. À passagem da hora de jogo dispôs da ocasião mais soberana para ampliar o marcador, mas o remate acabou por sair desenquadrado. Este é daqueles que não engana: é craque.

Nuno Santos -  Foi um dos mais inconformados da equipa sadina. Nunca se escondeu do jogo e tentou combater a apatia generalizada da equipa forasteira, sem grande sucesso diga-se. Combinou bem com Nuno Pinto no corredor esquerdo e dos seus pés saíram sempre cruzamentos ‘venenosos’ para o interior da área que nunca foram bem aproveitados pelos seus companheiros.

Thiago Santana – Entrou para o lugar do pouco inspirado Vasco Costa, nos últimos vinte minutos do encontro e teve nos pés a derradeira oportunidade para empatar a partida. Dominou dentro de área, mas o pontapé saiu ao lado da baliza à guarda de Agayev. Ainda assim, mostrou-se ser uma solução válida para o futuro.