Engane-se quem acha que a infelicidade de uns é a felicidade de outros, ou vice-versa. Não é bem assim e não tem de ser assim, mas este domingo na Amoreira foi.
Infelicidade de Nuno Pinto e felicidade do Estoril, que com o autogolo madrugador sadino abriu o caminho para um triunfo que mantém a equipa canarinha na luta pela permanência. Matheus Sávio carimbou a vitória antes de Emrah marcar o golo de «honra» do Vitória.
2-1 em jogo da 33.ª jornada da Liga.
Estoril e Vitória Setúbal ficam assim em igualdade pontual na penúltima jornada da Liga, com os mesmos pontos que o Paços Ferreira que tem menos um jogo. Tudo em aberto, portanto, e ainda não há quem desça de divisão quando o FC Porto já festeja o título de campeão.
Jogo dividido entre duas equipas aflitas e que não praticam um futebol muito atrativo. Algo que não é de agora e que espelha a situação de aflição que ambas vivem nas últimas semanas, com a formação do Sado a queixar-se também de terceiros.
O espetáculo deste domingo viveu-se mais nas bancadas com os adeptos, canarinhos e sadinos, a apoiar durante 90 minutos.
Mais Vitória, e a penalização de um autogolo
Mais Vitória Setúbal na primeira é certo, mas a equipa de José Couceiro foi logo penalizada por um erro de Nuno Pinto. Minuto cinco no encontro, cruzamento de Ewandro desde a esquerda e o lateral esquerdo do Vitória em vez de cortar colocou a bola na própria baliza.
Nos restantes 40 minutos da primeira metade, vários lances e todos sem grande perigo. Remates ao lado, à figura ou contra os adversários. Renan e Cristiano numa tarde muito calma.
Um pouco mais de Estoril, e a tranquilidade canarinha que ainda foi abanada
Na segunda metade, o jogo continuou sem encher o olho, mas inverteram-se ligeiramente os papéis nos primeiros minutos. O Estoril com a vantagem no marcador conseguiu jogar de forma mais tranquila, vendo-se um Vitória intranquilo e a esbarrar no caminho da baliza.
A equipa da casa também foi construindo algumas oportunidades e conseguiu chegar ao golo do descanso (e da esperança!) ao minuto 65, marcado por Matheus Sávio que antes já tinha obrigado Cristiano a duas defesas consecutivas.
No 2-0 Nuno Pinto também ficou mal na fotografia, ao ter perdido a bola para Fernando Fonseca. Tarde «não» para o defesa sadino. Foi melhor a de Emrah que entrou para o seu lugar, aos 71 minutos.
Depois de Arnold ameaçar num remate torto, e Dankler ter obrigado Renan a evitar um autogolo, Emrah fez o que Edinho e André Pereira foram desperdiçando: o golo do Vitória, aos 86 minutos. Mexeu no marcador e no jogo, que teve uns descontos mais emotivos, mas não alterou a história que já se escrevia apesar de o Vitória ter acabado por cima.
O Estoril foi feliz e mantém-se na luta, o Vitória foi infeliz e não conseguiu carimbar hoje a manutenção dependendo agora de terceiros.