Manuel Machado, treinador do Nacional, analisa a derrota no Bonfim (2-0):

«O que aconteceu aqui hoje não foi diferente do que aconteceu em Belém ou no Estoril. Por mais que se previna houve muita apatia no início do jogo. A equipa esteve muito reativa. A equipa estava mais do que avisada para os lançamentos do Pedro Queirós, e ao terceiro ao quarto lançamento lá deu golo. A partir daí o jogo pendeu para o Vitória. Tentámos reagir, desorganizámo-nos e sofremos o segundo. Depois não há muito mais a dizer. O Rui Silva fez uma defesa e o Ricardo Batista nenhuma.»

«Na segunda parte tentámos reagir, mas sem a clareza que se pretendia. Confortável com o resultado, o Vitória baixou as linhas e não deu espaço. Salva-se a tentativa de reação, mas não o fizemos de forma clara. O Vitória ganha com justiça, pois aproveitou melhor do que nós esses dois momentos que teve.»

[sobre o momento da equipa] «Há coisas no futebol que não têm grande explicação. A equipa vem de uma temporada muito boa, e que lançou vários jovens para o mercado. Só um dos reforços tinha alguma vivência na Liga, o Marco Marias, e o Suk alguma no Marítimo, há dois anos. Pagamos a inexperiência da equipa, e por isso as coisas não correm tão bem.»

«Temos de manter alguma tranquilidade. Sabemos que estamos muito abaixo do estatuto do clube, mas a prova está numa fase muito prematura. Há catorze jogos para fazer até ao Natal. É preciso calma, pois não é como começa, é como acaba, e ainda muita água vai passar por baixo da ponte.»

«O Nacional leva doze ou treze épocas seguidas na Liga. E neste período tem 40 por cento de apuramentos. Mas não está obrigado a fazê-lo de forma consecutiva, perante emblemas com outro potencial. Mas as coisas estão bastante abaixo daquilo que é desejável. Podíamos ter seis, sete ou oito pontos. Não temos, e o futebol tem fatores aleatórios. Há que ter calma e continuar a trabalhar, há muito futebol pela frente.»