* por Tomás Faustino

O Nacional perdeu os primeiros pontos em casa nesta época, após empatar a uma bola frente ao Vitória de Setúbal, num jogo em que a igualdade acaba mesmo por ser ajustada.

Na primeira parte, o encontro decorreu a um ritmo muito equilibrado e moderado até que o Vitória de Setúbal ‘acordou’ e, de um momento para o outro, dispôs de três boas ocasiões para marcar, concretizando mesmo uma delas.

Primeiro, Suk ameaçou com um remate acrobático a responder a passe de Arnold, para pouco depois inaugurar o marcador frente à sua ex-equipa, dando a melhor sequência a um cruzamento feito já dentro da área por Costinha, após passe a desmarcar de Ruca.

A outra oportunidade foi desperdiçada por este mesmo Ruca, muito interventivo enquanto esteve em campo, que não finalizou da melhor maneira, ao segundo poste, após um cruzamento perigosíssimo de Arnold.

Manuel Machado mexe e o Nacional reage

A equipa da casa acusou em demasia o golpe, começou a perder a tranquilidade e a única verdadeira oportunidade de que dispôs foi já nos minutos de compensação, quando Zezinho, com um passe de tacão, lançou Luís Aurélio dentro da área adversária e este, com um cruzamento-remate, viu Soares ficar a milímetros de desviar triunfalmente para o fundo das redes.

Neste período, o Vitória, apesar de ter baixado o bloco, mostrava-se confiante e trocava a bola com precisão e alguns toques de requinte. A vantagem registada ao intervalo era, por isso, aceitável.

FICHA DE JOGO E A PARTIDA AO MINUTO

Só que na segunda parte a história mudou. Manuel Machado fez uma dupla substituição ao intervalo e, para além disso, foi capaz de incutir na equipa uma outra atitude. Ainda estávamos no primeiro minuto do segundo tempo e já Rui Correia empatava a partida num lance algo atabalhoado, dando assim o melhor seguimento ao canto batido por Salvador Agra na esquerda.

Um minuto volvido apenas e Ricardo já brilhava nas redes sadinas, impedindo que Soares ‘virasse’ o marcador com um cabeceamento bem enquadrado após cruzamento de João Aurélio.

Um ponto para cado lado, sorrisos sadinos

A equipa comandada por Quim Machado tremeu e de que maneira, não conseguindo, em toda a etapa complementar, voltar a assumir as rédeas da partida. O Nacional foi sempre mais forte neste período, embora não tenha voltado a dispor de ocasiões flagrantes.

Ainda assim, numa das vezes em que chegou à área contrária, o Vitória levou perigo: canto batido por Nuno Pinto, Rui Silva fica a meio caminho, a bola sobrevoa toda a defensiva alvinegra e chega até Frederico Venâncio, ao segundo poste, que cabeceia para uma estirada fantástica do entretanto reposicionado Rui Silva.

No final de contas, um ponto para cada lado que satisfaz mais os homens do Sado, não só pela queda apresentada na segunda parte, como também por ter sido conquistado no terreno de um candidato europeu.