Se no final do campeonato houvesse um prémio para distinguir os melhores jogos seguramente que este estaria na lista final.

Golos para todos os gostos e feitios, oportunidades para dar e vender, reviravolta no marcador, penalty e expulsão. E decisões ditadas pelo VAR, na expulsão e no golo de Edinho. Houve também erros, muitos erros defensivos. Mas, quiçá, provocados pela atitude ofensiva dos jogadores das duas equipas, que se expuseram em demasia por via desse adiantamento no terreno. Contudo, depois do espetáculo que se assistiu no Municipal de Portimão, são erros que passaram despercebidos... ou não, principalmente para José Couceiro e Vítor Oliveira. Mas isso, eles que resolvam, porque quem viu o jogo, gostou! Foram sete golos, repartidos de forma diferente, que resultou numa vitória do Portimonense bem justificada.

Começou o Vitória em vantagem com Nuno Pinto a explorar bem um buraco entre Hackman e Felipe Macedo e servir Arnold para converter no lado contrário. Estavam jogados três minutos e dado o mote para o resto do jogo: futebol de ataque, bola sempre a cheirar as balizas e muita emoção. No espeço de seis minutos e antes do golaço de Oriol Rosell, o Portimonense não deixou Trigueira respirar e Shoya, Fabrício e Ruben Fernandes estiveram próximos de marcar. E foi à bomba que o guarda-redes sadino caiu, através da inspiração de Oriol Rosell, a cerca de 25 metros da baliza.

Com transições rápidas, o Portimonense foi assumindo o controlo e rapidamente ganhou avanço considerável no marcador, primeiro pela cabeça de Dener, confirmada depois pelo pé de Fabrício, numa grande penalidade que castigou um derrube de Nuno Pinto sobre Wellington Carvalho. Em 23 minutos, o Portimonense passou da desvantagem para o conforto do 3-1.

Até ao intervalo Gonçalo Paciência viu o árbitro anular-lhe um golo por fora de jogo, que deixou algumas dúvidas e assustou Ricardo Ferreira num remate que levou a bola a passar próxima dos ferros. O guarda-redes do Portimonense ainda evitou um remate de André Pedrosa, que levava selo de golo.

A etapa complementar foi uma cópia fiel da primeira. O Portimonense com o controlo, trocando a bola com velocidade no último terço, provocando o erro no adversário. Fabrício não aproveitou uma benesse de André Pedrosa que o deixou isolado após solicitação de Shoya Nakajima, mas viria ainda a molhar a sopa no quinto golo dos algarvios. Mas antes apareceu a magia de Paulinho, que no quarto golo brincou com a defesa dos sadinos, entrando em fintas e tabelas com Wellington para marcar um grande golo.

Depois de Ricardo Ferreira ter negado com os pés o golo a Pedro Pinto, o Vitória, aos 67 minutos ficaria reduzido a dez unidades, por expulsão de Vasco Fernandes, que não foi prudente numa disputa de bola com Fabrício. Uma expulsão que aconteceu depois de indicação do VAR e de António Nobre ter visto as imagens no monitor junto ao relvado.

Vasco Fernandes saiu de cena mas a sua equipa não e Podstawski amenizou a desvantagem com um desvio de cabeça e... com a ajuda do VAR, que o ajudou o árbitro a validá-lo.

Com estes cinco golos, o Portimonense confirmou ser uma máquina atacante, aumentando para 19 os obtidos nestas dez primeiras jornadas, estando a apenas um do Benfica e a três do Sporting. Está de parabéns Vítor Oliveira pela atitude ofensiva que marca a sua equipa e que tem contribuído para a valorização do futebol.