O Sp. Braga sofreu mais do que o expectável e acabou mesmo reduzido a nove elementos no triunfo caseiro (3-2) sobre o V.Setúbal. Os arsenalistas marcaram logo aos seis minutos, mas deixaram-se empatar de imediato. No início do segundo tempo construíram uma vantagem confortável, mas o encontro avermelhou no final.

Costinha ainda reduziu para os sadinos e fez com que as emoções do encontro se prolongassem para lá do minuto noventa. Vukcevic e Ricardo Ferreira foram expulsos por acumulação de amarelos (falham o jogo com o Benfica) e os pupilos de Paulo Fonseca tiveram de suster a respiração no último fôlego.

O encontro até começou por prometer emoções fortes, com dois golos nos primeiros sete minutos, um para cada lado, mas rapidamente a intensidade baixou para níveis típicos de pré-época, assistindo-se a um jogo com poucos minutos de interesse.

Rafa soltou o seu génio logo aos seis minutos, após uma abertura soberba de Mauro. Com espaço, tal como gosta, o internacional português driblou um adversário fletindo da esquerda para o centro, rematando depois sem hipóteses de defesa para Ricardo.

Contudo, a vantagem arsenalista nem sequer durou um minuto. Vasco Costa usou a cabeça para reestabelecer a igualdade, correspondendo da melhor forma a um cruzamento da direita. Sem oposição, o avançado atirou com convicção para o fundo das redes de Marafona.

Publicidade enganosa daquilo que foi a primeira metade. Dois golos num minuto foram um oásis no meio de um futebol lento, muito denunciado e em que as tomadas de decisão nos últimos terço do terreno foram quase sempre erradas.

Tal como entrou no primeiro tempo, a marcar, o Sp. Braga começou bem a segunda parte repetindo a faceta. Apontou o segundo logo aos 52 minutos na transformação e uma grande penalidade. Erro do árbitro Sérgio Piscarreta a descortinar uma mão na bola no remate enviando por Josué contra a cabeça de Tiago Valente.

Protestaram os jogadores do Vitória sadino, Josué não foi na conversa e transformou o penálti em golo rematando seco para o meio da baliza. Um golo que teve o condão de espevitar os bracarenses, que apenas sete minutos depois fizeram o terceiro e arrumaram com a questão.

Já em campo, Hassan ganhou espaço e encaminhou-se para a baliza pelo lado esquerdo. Ricardo ainda travou o remate do avançado, sendo depois impotente para suster a ressaca oportuna de Rafa. Estava sem oposição e fez o segundo da sua conta pessoal sem dificuldades.

Duro golpe nas aspirações sadinas, o Sp. Braga praticamente arrumava com a questão quando ainda havia mais de meia hora para se jogar. Puro engano. Costinha entrou em campo e a dez minutos do apito final reduziu a desvantagem num livre direto superiormente cobrado, emprestando emoção aos derradeiros instantes do encontro.

Adensou-se o crer do V.Setúbal com as expulsões de Vukcevic e Ricardo Ferreira por acumulação de amarelos. Ricardo, guarda-redes da equipa de Setúbal, acabou o encontro na área de Marafona, mas de nada serviu. Faltou discernimento ao V.Setúbal, que somou o 13º jogo sem vencer e fica assim exposto à luta peça permanência nas duas últimas jornadas da Liga.

O Sp. Braga acabou por conquistar os três pontos nu encontro pouco intenso, mas que ganhou vida no final. Na antecâmara da meia final da Taça da Liga os arsenalistas dão mais um passo de gigante no que ao quarto lugar diz respeito, mas perdem duas peças influentes para o jogo com os encarnados.