A FIGURA: Gonçalo Paciência

Basta dar um salto no AO Minuto do Maisfutebol para perceber que o avançado cedido pelo FC Porto esteve na grande maioria das melhores ações ofensivas do V. Setúbal. Móvel, bem a fugir aos centrais e no auxílio aos companheiros na construção de jogo, esteve perto do golo aos 12 minutos, mas Vagner negou-lhe as intenções. Praticamente a abrir a segunda parte, trabalhou bem sobre Sparagna e tirou o cruzamento para a finalização certeira de Amaral. Incansável!

O MOMENTO: minuto 86, Mateus gela o Bonfim

O extremo do Boavista foi lançado ainda na primeira parte para o lugar de Kuca, que não estava a conseguir controlar as incursões de Arnold Issoko pelo corredor direito. Foi mais eficaz no cumprimento dessa tarefa do que o cabo-verdiano e deu aos axadrezados o primeiro ponto fora de portas na Liga 2017/18. Antes tinha amortecido de cabeça para Bulos, que falhou o golo num remate acrobático na pequena área. Na última jogada do encontro ficou a centímetros de consumar a cambalhota no marcador. Bom final de partida do angolano.

OUTROS DESTAQUES

João Amaral: elemento de apoio a Paciência e em constante movimentação, fez duas assistências açucaradas nos primeiros 45 minutos. Primeiro num passe em profundidade para Paciência; depois para Willyan. Nos dois conseguiu pôr a nu as debilidades da dupla de centrais axadrezada. Aos 25, esteve perto de inaugurar o marcador, mas ter-se-á deslumbrado com o espaço que lhe foi concedido. Não voltou a desperdiçar aos 50 minutos, quando foi servido por Gonçalo Paciência e surgiu oportunamente ao segundo poste. Soma três golos na Liga e é o homem-golo dos sadinos neste arranque de época.

Vasco Fernandes e Pedro Pinto: excelente sociedade entre o experiente central e o jovem de 22 anos. Ainda que tivessem beneficiado da falta de acutilância do Boavista, resolveram quase sempre bem quando foram chamados a intervir.

André Pedrosa e Nenê Bonilha: discretos mas extremamente eficazes na forma como estancaram a produção ofensiva do Boavista pelo corredor central e limitaram as ações de David Simão e Fábio Espinho, quando este último baixava para construir.

Vagner: seguríssimo entre os postes, disfarçou falhas de atenção que poderiam ter sido comprometedoras. Grande intervenção aos 12 minutos, ao fechar a baliza a Gonçalo Paciência quando o avançado sadino lhe apareceu cara a cara.

Renato Santos: depois do golo marcado ao Benfica na jornada anterior, ficou a centímetros de repetir a proeza na reta final da primeira parte. Procurou desequilibrar pelo flanco direito, mas esteve quase sempre desamparado. Ainda assim, foi preponderante na reta final, ao tirar o cruzamento que originou o golo da igualdade de Mateus. Ia repetindo a receita no último lance do jogo, mas o companheiro não conseguiu dar o melhor seguimento à assistência.