A FIGURA: SÉRGIO OLIVEIRA

O regresso de Danilo Pereira após lesão pode tê-lo relegado para o banco de suplentes, mas Sérgio Oliveira não baixa os braços. Foi lançado para a última meia-hora para fortalecer o meio-campo dos azuis e brancos e esteve perto do golo na primeira ação em campo. Ameaçou aí e concretizou mesmo aos 79 minutos, num pontapé fortíssimo na cobrança de um livre ainda a uma distância considerável. Joel Pereira podia ter feito mais? Talvez.

O MOMENTO: golo anulado pelo VAR ao Vitória (MINUTO 49)

Valdu recebeu de André Sousa, trabalhou bem e atirou para o fundo da baliza de Casillas. A emoção apoderou-se do Bonfim: adeptos sadinos em euforia e o topo sul, afeto aos apoiantes do FC Porto, gelado. Manuel Oliveira começou por validar o golo mas foi de seguida chamado à atenção pelo VAR. Depois de algum tempo a observar as imagens, resolveu sancionar falta por mão na bola do jovem avançado.

OUTROS DESTAQUES

Hildeberto: uma seta apontada à baliza dos dragões. Muito solicitado para bolas em profundidades nas costas dos centrais, fez soar várias vezes os alarmes. Aos 22 minutos fugia à defesa portista quando caiu nas imediações da área do FC Porto após toque de Felipe que o árbitro não sancionou. Esteve perto do golo aos 67 minutos, num remate forte e difícil para Casillas. Excelente jogo do ex-jogador do Benfica.

Vasco Fernandes: talvez o melhor elemento do trio defensivo dos sadinos e, também, aquele que foi forçado a ser mais vigilante. Controlou bem Marega e protagonizou alguns cortes decisivos.

Valdu: em evidência na Liga Revelação, teve a estreia absoluta pela equipa principal do Vitória neste sábado. Rematou de bicicleta para grande defesa de Casillas na primeira parte e marcou a abrir a segunda, mas viu Manuel Oliveira anular-lhe o golo depois de recorrer ao VAR e descortinar uma mão na bola. Estreia positiva do jovem avançado guineense, que justificou a aposta de Lito Vidigal.

Aboubakar: o preço do metro quadrado entre os três centrais sadinos estava pela hora e o camaronês sentiu, naturalmente, dificuldades. Ainda assim, estava no sítio certo para receber uma sobra e inaugurar o marcador aos 17 minutos. Depois do hattrick na visita dos azuis e brancos ao Bonfim na época passada, mais um duelo no qual o goleador do FC Porto foi decisivo. E vão quatro os remates certeiro do camaronês, que o elevam à categoria de melhor marcador da Liga a par de Dyego Sousa e Pizzi. Saiu aos 74 minutos já com o estrago feito.

Casillas: se o histórico das últimas três décadas jogasse, o guarda-redes espanhol teria pouco trabalho no Bonfim. Teve mais do que talvez esperasse e ainda teve de aplicar-se a fundo em pelo menos duas ações.

Herrera: chegou nesta noite ao jogo 200 com a camisola do FC Porto. Importante para os equilíbrios no meio-campo e nas ligações ao ataque, exibiu-se com a consistência habitual.