A figura: Vincent Aboubakar

Uma verdadeira tormenta para a defesa sadina. O avançado camaronês esteve nos cinco golos do FC Porto e assinou mesmo a autoria de três deles, conseguindo assim o segundo «hat trick» de dragão ao peito. Para além de ter chegado aos 12 golos na Liga (iguala Bas Dost), Aboubakar soma 20 na temporada. Quer isto dizer que a meio de dezembro o camaronês já superou o 18 golos apontados pelo FC Porto em 2015/16, e inclusivamente bateu o recorde pessoal de golos no futebol europeu (19, pelo Besiktas, na época passada).

O momento: minuto 32

Por mais redutor que seja realçar um momento de um jogo que terminou com uma goleada e 5-0, vale a pena assinalar a importância do primeiro golo portista. Um tento alcançado na sequência de um lance de bola parada (canto), e com protestos sadinos (José Couceiro foi mesmo expulso), mas com Aboubakar a marcar o primeiro golo do «hat trick» e dos cinco da conta global.

Outros destaques:

Marega

Se Aboubakar foi a incontornável figura do encontro, Marega foi, uma vez mais, um fiel escudeiro, ou não tivesse contribuído para a goleada com uma assistência e dois golos. E se o primeiro tento foi quase involuntário, após um remate de Maxi ao poste, o segundo tem um apontamento de inegável classe na finalização, com o maliano a picar a bola sobre Cristiano.

Herrera

Discreto, como (quase) sempre, o mexicano voltou a fazer uma exibição sólida, a confirmar que atravessa um dos melhores momentos no FC Porto. Sereno e discreto, mas também omnipresente, a marcar o ritmo.

Cristiano

Uma daquelas noites ingratas para um guarda-redes. Sofreu cinco golos, mas evitou outros tantos. Referência para uma saída rápida aos pés de Brahimi, ao minuto 24, quando o marcador estava ainda a zeros.

João Amaral

O elemento mais inconformado da equipa da casa, embora sem consequências práticas. Empenhado em apoiar Costinha nas tarefas defensivas, tentou depois arrancar algumas transições rápidas, sobretudo na fase inicial do encontro, mas a equipa esteve sempre muito partida, e por isso faltou-se companhia para causar estragos.