O Feirense deu no Estádio do Bonfim um triplo-salto rumo à permanência no principal escalão do futebol português.

Uma semana depois de ter deixado a lanterna vermelha com um triunfo sobre o V. Guimarães, a equipa de Nuno Manta Santos foi ao Bonfim bater o outro Vitória e deixar os lugares de despromoção.

João Silva, com um bis na segunda na segunda parte, despejou um balde de água gelada no Sado, onde o Dia do Adepto do Vitória chegou ao fim este sábado sem motivos de festa.

A duas jornadas do final da Liga, o fantasma da descida paira talvez mais visível do que nunca sobre Setúbal, enquanto na Feira respira-se agora melhor.

FILME E FICHA DE JOGO

Num jogo de nervos marcado pela queda intensa de chuva, o modo anfíbio encaixou melhor aos fogaceiros, que foram quase sempre a equipa mais clarividente em campo, apesar do maior tempo de posse de bola da equipa da casa.

O 0-2, apontado ao cair do pano, talvez seja um castigo demasiado pesado para os homens de Couceiro – naquela altura desesperados em pleno menos minimizar os estragos – mas o triunfo dos visitantes não merece contestação.

Ainda que mais na expectativa, o Feirense conseguiu produzir mais em termos ofensivos e foi mais incómodo para Cristiano do que os sadinos para Caio Secco.

A primeira parte teve sinal mais para os visitantes, que causaram várias vezes mossas em incursões rápidas para o ataque, à procura de explorar a defesa subida do Vitória.

O descanso chegou com o nulo no marcador, desfeito por João Silva. O avançado do Feirense foi sempre um elemento incómodo para Yohan Tavares e Nuno Reis passou das ameaças ao atos pouco depois da hora de jogo.

Não foi por falta de aviso…

Convém dizer que nessa altura, quando João Silva colocou os fogaceiros na frente do marcador, os sadinos até pareciam estar a atravessar o melhor período em campo, com Edinho e Patrick a ameaçarem o golo. Instantes antes, até João Amaral tinha sido lançado em campo para refrescar as alas sadinas antes do derradeiro assalto.

Mas a estratégia de José Couceiro foi fortemente condicionada por esse golo de João Silva. A partir daí, impunha-se aumentar o ritmo de jogo e fazer e aumentar, ao mesmo tempo, a taxa de acerto. Missão difícil quando se joga no fio da navalha.

Em vantagem no marcador, o Feirense refugiou-se lá atrás e cumpriu a missão de forma competente, mesmo quando o número de homens do Vitória no ataque era considerável.

Mais do que isso, o conjunto de Nuno Manta Santos ainda chegou ao 2-0, novamente por João Silva na sequência de um pontapé de canto, atalhando a debandada geral no Bonfim.

O Feirense está fora dos cuidados continuados da Liga.