A FIGURA: Luís Machado. Entrar para mudar a história do jogo

Foi lançado em campo pouco depois do autogolo de Frederico Venâncio e apontou o golo da vitória já dentro dos dez minutos finais. Deu ao Feirense a agressividade ofensiva que a equipa de Nuno Manta nunca havia conseguido ter em quase toda a partida. Antes do golo, fica ainda uma oportunidade travada por defesa brilhante de Varela.

O MOMENTO: golo de Luís Machado, minuto 82

Não foi só o autogolo de Venâncio que minou a confiança do conjunto de José Couceiro. A entrada de Luís Machado ajudou a desequilibrar o jogo na reta final. E a resolvê-lo a favor dos fogaceiros, que com estes três pontos somados ficam com as contas da permanência praticamente seladas.

OUTROS DESTAQUES

Costinha: sempre muito ativo no processo de construção do Vitória, desempenhou ainda um papel muito importante no auxílio a Fábio Pacheco. Os dois conseguiram conter grande parte da produção ofensiva dos fogaceiros até aos 20 minutos finais. Foi dos pés dele que nasceu o primeiro lance de perigo dos sadinos, quando aos 18 minutos tirou de forma brilhante um defesa do caminho do Feirense do caminho e serviu depois João Carvalho, que rematou para notável defesa de Vaná com o pé esquerdo.

Fábio Pacheco: com Karamanos muito sozinho lá na frente, cabia a Tiago Silva fazer a ponte que faltava no corredor central para que o avançado grego pudesse entrar mais em jogo. Não fez porque teve pela frente uma autêntica carraça. Fábio Pacheco, que não jogava desde novembro, regressou ao meio-campo sadino com uma exibição segura.

Arnold: o extremo congolês que José Couceiro acredita ter o que é preciso para tornar-se num lateral interessante foi sempre uma flecha apontada na baliza contrária, sendo muito solicitado pelos companheiros para subidas em velocidade pelo flanco direito. Foi de uma insistência dele que nasceu o canto que esteve na origem do 1-0.

Cris: conseguiu limitar a influência de João Carvalho, não permitindo que o médio emprestado pelo Benfica aos sadinos tivesse muito tempo e espaço para tomar decisões.

Vítor Bruno: sentiu algumas dificuldades (quem não sentiria) para lidar com a velocidade de Arnold principalmente na primeira parte. Ainda assim, ganhou a maioria dos duelos defensivos. Com um excelente pé esquerdo, descarregou vários cantos perigosos, como o que originou o autogolo de Venâncio.