Dois golos em Braga na semana passada e agora mais dois no Bonfim, a resultarem em caça grossa para o Gil Vicente, com mais três pontos que permitem à equipa de Barcelos alcançar os sadinos na classificação. A equipa comandada por Vítor Oliveira foi um verdadeiro rolo compressor na primeira parte até chegar à vantagem em cima do intervalo. Depois aumentou-a com um golaço de Sandro Lima. A equipa de Júlio Velázquez acordou tarde demais e já não conseguiu anular o prejuízo.

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O Vitória procurou assumir as rédeas do jogo logo após o primeiro apito de Gustavo Correia, com um futebol direto, procurando profundidade com longos lançamentos para a entrada de Mansilla sobre a esquerda, procurando, desta forma, chegar rápido à área de Dênis onde estava Guedes com o apoio nas costas de Éber Bessa. Uma entrada forte que proporcionou a conquista de uma série de cantos, mas pouco mais.

O Gil Vicente, por seu lado, entrou mais na expetativa, pouco preocupado em ter a bola, mas muito determinado em ajustar-se ao jogo do Vitória, acertar as marcações e ir fechando todas as portas, para depois começar a subir no terreno. Assim que encontrou um equilíbrio em campo, a equipa de Vítor Oliveira foi subindo as suas linhas no terreno, como um rolo compressor, obrigando o Vitória a recuar em toda a linha.

Mesmo sem ter a bola, o Gil Vicente controlava o jogo e continuava a empurrar o adversário para o seu meio-campo, levando os adeptos sadinos ao desespero quando a equipa saía a jogar pelos centrais e depois não encontrava uma linha de passe. Até ao intervalo, o Vitória conseguiu apenas um remate, da autoria de Tófol Montiel, um jovem espanhol, de 19 anos, que chegou agora em janeiro, por empréstimo da Fiorentina. Um remate fora da área que passou por cima da trave.

O Vitória continuava a tentar esticar o jogo, com passes longos, mas Mansilla já não estava lá à frente, estava quase em cima de Nuno Pinto, no flanco esquerdo. Mérito de rolo compressor do Gil que, mesmo sem bola, impunha que se jogasse agora à entrada da área do Vitória. Tanto empurrou o Gil que acabou por chegar ao golo. O Vitória já não podia recuar mais. Canto da esquerda de Henrique Gomes, o Vitória não conseguiu cortar junto ao primeiro poste, Ygor falhou um primeiro remate, mas a bola sobrou para Lourency que, com espaço, marcou como quis.

Golaço de Sandro Lima

O Vitória voltou a entrar forte na segunda parte, procurando impor um ritmo forte, com Éber Bessa mais próximo de Guedes, Montiel teve nova oportunidade para visar a baliza de Dênis, mas foi o Gil Vicente que aumentou a vantagem, com um grande golo, por sinal. Lance desenhado sobre a esquerda, com Claude Gonçalves a derivar para o centro e a servir Sandro Lima que, do meio da rua, rematou fortíssimo, levando a bola a entrar bem junto ao poste, sem hipóteses para Makaridze.

Tensão nas bancadas e Velázquez a arriscar tudo no banco, primeiro com a entrada de Zequinha para o lugar de Mansilla, depois prescindindo de Jubal para juntar Ghilas a Guedes. Era suposto Semedo recuou para central, mas antes disso ainda subiu à área do Gil para marcar de cabeça, na sequência de um livre marcado por Éber Bessa. Um golo que empolgou as bancadas e a equipa em campo.

O jogo tornou-se frenético, com o Vitória a carregar com tudo o que tinha, à medida que Vítor Oliveira ia ajustando a sua equipa com as sucessivas entradas de Vítor Carvalho, João Afonso e Samuel Lino. O Vitória chegou a ameaçar o empate, em oportunidades de Sílvio e Artur Jorge, mas o Gil segurou a vantagem até ao final e saiu a ganhar na caça ao ponto, como Vítor Oliveira tinha anunciado no lançamento do jogo.

Três pontos que permitem ao Gil Vicente juntar-se ao Vitória, no 10.º lugar, com os mesmos 26 pontos.