Noite fria e de fraco futebol no Estádio do Bonfim. O V. Setúbal a precisar de pontos para a manutenção, o P. Ferreira a querer somá-los para chegar mais longe. Duas realidades opostas, num jogo que terminou igual. E no qual o empate era o resultado que menos interessava.
 
O P. Ferreira entrou melhor, mais pressionante, mas durou pouco. Já o V. Setúbal soube aproveitar e pegar no jogo, apoiando-se nas laterais com Pedro Queirós e Hélder Cabral a entregaram bem ao trio de ataque Zequinha, Advíncula e Rambé.

Aos 19 minutos, a primeira grande oportunidade: boa jogada individual de Rambé, com o avançado sadino a tirar dois adversários do caminho, a chegar à área e a rematar. Mas estava lá António Filipe para segurar.
 
Foi o primeiro aviso e seguiram-se mais (mas poucos), enquanto o P. Ferreira, a jogar com o vento a seu favor, não conseguia progredir. Só chegava à área através da linha lateral e num ou outro canto, mas nem aí assustava o V. Setúbal. 

Do outro lado, Zequinha, em jogada de insistência, e Paulo Tavares, em boa iniciativa individual, tentaram converter a superioridade em golo, mas António Filipe apareceu sempre que foi chamado a responder.

Assim, sem golos e com pouco futebol o intervalo chegou com 0-0.

No recomeço da partida, os mesmos onze de cada lado, mas era óbvio que era preciso mais. Sobretudo no P. Ferreira. Jota e Diogo Rosado, ainda que a bola não lhes chegasse, por boas exibições de Hélder Cabral e Pedro Queirós, quando chegou mostraram-se em noite apagada. A jogar contra o muito vento, pior.

Já o V. Setúbal, mais rápido e com essa ajuda, foi tentando ainda que de forma passiva. Aos 52 minutos, a segunda melhor oportunidade com Yann já no chão, após boa jogada individual, a rematar, mas a não bater António Filipe.

A história continuava: jogo fraco, sem emoção. Só aos 71 minutos animou. François cabeceou à barra da baliza de António Filipe, após a marcação de um canto. E a seguir foi Pelkas, a rematar ao lado. V. Setúbal perto do golo, P. Ferreira a ver jogar. 

Só aos 88 minutos é que surgiu a primeira grande oportunidade do P. Ferreira: cruzamento de Bruno Moreira, Manuel José a aparecer na direita e a cruzar para Vasco, que não chegou a tempo, mas se chegasse fazia o 0-1.

O jogo terminava como começou, com mais qualidade pacense e aos 90 houve mesmo golo, mas o árbitro anulou o tento a Vasco Rocha por suposto fora de jogo. Lance duvidoso, a fechar o encontro que terminou assim sem golos e sem grandes mexidas na tabela.