A FIGURA: Welthon

Bisou na partida e já leva três golos na Liga. Está a mostrar argumentos suficientes para se fixar como opção válida para o ataque do Paços. Não se limitou a circular entre os centrais da equipa sadina, tendo demonstrado muita mobilidade. No Bonfim estava ainda um representante do West Bromwich Albion, que quis saber o nome completo dele.

POSITIVO: aproveitamento das oportunidades do Paços

Carlos Pinto tinha admitido que os níveis de confiança dos pacenses não eram os melhores. O resultado alcançado no Bonfim está inflacionado face ao que se passou dentro de campo, mas ninguém pode retirar o mérito aos jogadores do Paços por terem conseguido aproveitar as ofertas dos jogadores da equipa da casa.

NEGATIVO: defesa do V. Setúbal

Incrível com a equipa de José Couceiro ofereceu praticamente todos os golos à equipa do Paços. Os erros da equipa de arbitragem em dois desses lances não podem ser justificação para tudo. Curiosamente, a defesa sadina esteve no pior, mas também no melhor da equipa da casa, que marcou por Vasco Fernandes num lance em que foi assistido por Frederico Venâncio

OUTROS DESTAQUES

Ivo Rodrigues: esteve em três dos quatro golos dos pacenses. Ganhou a Venâncio antes da falha de comunicação entre Fábio Pacheco e Trigueira e fez o remate que depois redundou no golo de Welthon. Voltou a estar em evidência no golo que deu contornos de goleada ao trunfo do Paços, com um cruzamento desviado por Ricardo Valente com o braço.

Ricardo: aos 36 anos, continua a mostrar que a veterania não é um entrave. Formou uma dupla coesa com Miguel Vieira no eixo defensivo e, principalmente na segunda parte, evitou que alguns cruzamentos se pudessem transformar em momentos de aflição para a equipa de Carlos Pinto.

Mateus Silva e Pedrinho: controlo absoluto sobre a construção de jogo do V. Setúbal pelo centro do terreno. Costinha, que saiu ao intervalo, praticamente não se viu e cedo percebeu que tinha de procurar outros terrenos para procurar fazer a diferença.

Fábio Pacheco: comprometeu no lance do primeiro golo e, tal como os restantes colegas, não se exibiu ao melhor nível. Ainda assim, foi dos que menos oscilou, protagonizando várias recuperações de bola importantes nas saídas do Paços para o ataque.

Nuno Santos: lançado por José Couceiro logo no início do segundo tempo, conseguiu despejar bolas com qualidade na área do Paços. Tem potencial para se afirmar no plantel no Vitória, mas nota-se que ainda lhe falta alguma confiança.