Bruno Ribeiro estreou-se da melhor forma no banco do V. Setúbal, com uma goleada por 4-1 sobre o Rio Ave.

Frente a frente, duas equipas em situações muito diferentes na tabela: sadinos num desconfortável 15.º lugar, ameaçados pelo fantasma da despromoção; do outro lado, os vilacondenses num tranquilo 7.º posto e a piscar o olho à Europa.

Quem chegou atrasado ao Bonfim (não foi o nosso caso, diga-se de passagem) não perdeu muito. Os primeiros 20 minutos de jogo podem resumir-se a alguns cantos ganhos pela equipa da casa, que entrou melhor mas, ainda assim, esteve muito macia lá na frente.

O Rio Ave entrou na expetativa, à espera do erro da equipa de Setúbal e numa das poucas incursões ao ataque chegou ao golo. Ukra, servido por Diego Lopes, atirou cruzado para o fundo das redes, com Ricardo Baptista a não ficar isento de culpas.

Pragmáticos, os vilacondenses chegavam à vantagem. Sensação de Déjà vu nas bancadas. Afinal, na prática, o novo Vitória não estava assim tão diferente do velho Vitória, comandado por Domingos Paciência.

Uma afirmação que, pouco depois, Paulo Tavares se encarregou de desmentir. O médio sadino arrancou pela direita e ofereceu o golo do empate a Suk, que se estreou a marcar pelo clube de Setúbal.
 
Zequinha abre caminho para a maior vitória da época

Paulo Tavares foi, provavelmente, o grande responsável por conduzir a nau de Bruno Ribeiro a um bom fim… no Bonfim. Com 20 minutos jogados no segundo tempo, o número 8 do Vitória aventurou-se novamente por terrenos adiantados. O resultado: arrancou um penálti que Zequinha não desperdiçou.

A vantagem fez bem aos sadinos, que arrancaram para uma exibição intensa, com o mérito de não terem recuado no terreno após o segundo golo. Pelo contrário, o Rio Ave acusou a desvantagem e não voltou a encontrar-se. Só dava Vitória e Pelkas, cinco minutos depois de ser lançado por Bruno Ribeiro, apontou o terceiro da equipa da casa.

Segunda parte categórica deste novo Vitória e irreconhecível para os comandados de Pedro Martins, estranhamente apáticos na defesa e no sector mais recuado do meio-campo, onde Tarantini e Pedro Moreira perderam as batalhas foram travando no miolo do terreno.

O técnico dos vilacondenses resolveu mexer nas peças do tabuleiro. Lançou Abalo e Boateng na tentativa (desesperada) de regressar ao norte com um ponto e evitar assim a segunda derrota seguida para o campeonato.

Nada feito e, a fechar, João Schmidt fez o 4-1 e consumou o triunfo mais gordo da época para os setubalenses, que fogem assim à zona de aflição do campeonato.

Ao que parece, as «chicotadas» ainda são o que eram.