A FIGURA: Bruno Fernandes

Com Rúben Ribeiro a baixar mais vezes do que os antigos parceiros de Bas Dost no ataque, não assume tanto as despesas da construção de jogo dos leões, mas não é por isso que deixa de ser influente. Tem uma capacidade notável para antecipar jogadas: foi assim que fugiu a Pedro Pinto aos 31 minutos e bateu Cristiano para o 1-0. Esteve perto de bisar já perto da compensação, mas rematou para grande defesa de Cristiano, com a bola ainda a desviar no poste. Soma 8 golos na Liga e dez na temporada, o dobro do que conseguiu na melhor das várias épocas em Itália. Nada mau, mas esta noite pouco chegou.

 

O MOMENTO: golo do V. Setúbal em tempo de compensação

O Sporting carregava em busca do 2-0 e já tinha desperdiçado um punhado de boas oportunidades quando de repente de acendeu uma luz ao fundo do túnel para a equipa de José Couceiro. Edinho isolou-se na área e foi carregado por Mathieu. O avançado não desperdiçou no frente a frente com Patrício e gelou a bancada sul repleta de adeptos do Sporting.

 

OUTROS DESTAQUES

José Semedo: regressou aos eleitos de José Couceiro mais de um mês após a última aparição na equipa. Esteve bem posicionalmente e decidiu quase sempre bem e em segurança. Ilibado no lance do 1-0 do Sporting, já que era Pedro Pinto que estava a acompanhar a movimentação de Bruno Fernandes.

João Amaral: habituado nesta época a jogar no apoio a Gonçalo Paciência, foi deslocado para o corredor direito, para tentar estacar o caudal ofensivo leonino por aquele flanco. Jogo esforçado de quem esteve sempre atento ao erro e quase foi premiado por isso duas vezes na primeira parte. Esteve muito perto do empate aos 74’, mas Coates dobrou Patrício quando o guarda-redes já estava batido.

Gelson: ainda que o Sporting canalizasse a produção ofensiva preferencialmente pelo corredor oposto, teve diagonais que desequilibraram. Excelente decisão no lance em que espera pelo momento exato para libertar Bruno Fernandes para o 1-0 dos leões. Agitou o ataque do Sporting na segunda parte.

Acuña: nem sempre teve o melhor discernimento na definição dos lances mas aquele pé esquerdo teve sempre selo de garantia máxima. Quase serviu Coates para o 2-0 perto da hora de jogo e quase marcou um golo de levantar o estádio aos 70’, num remate de longa distância que quase surpreendeu Cristiano e voltou a ameaçar aos 84’. Quase borrava a pintura quando falhou um corte que pôs a defesa leonina em sobressalto aos 73’.