Após um surto gripal ter atingido o plantel do Vitória de Setúbal, os sadinos pediram o adiamento do encontro, proposta recusada pelo Sporting

O técnico do conjunto do Bonfim, Júlio Velázquez considerou que não é «digno» para uma competição ter uma equipa a jogar com três jogadores do plantel principal e outros dos sub-23 e dos juniores e que os leões não vão querer jogar contra uma «equipa morta».

«Graças a Deus é a primeira vez que isto me acontece em 23 anos como treinador . É uma situação... o presidente explicou tudo. É uma situação difícil, já não é uma questão desportiva. É uma questão de saúde, que para mim, está acima de tudo. Quero sempre jogar e ganhar, mas estamos a falar de um desporto em que o mais importante são os adeptos. Temos de procurar o bem da competição, jogar com três jogadores e juniores,  não é digno. Esta Liga está entre as seis melhores da Europa. Gosto muito de Portugal e Liga, e sinceramente como o presidente disse, não acredito que o jogo se realize. Seria incrível. Se entre todos queremos melhorar a Liga e que se continue a falar bem dela no estrangeiro, situações como esta não podem acontecer», disse, em conferência de imprensa.

«Como disse o presidente, isto não é uma brincadeira. Estamos a falar de situações da vida que acontecem e devem ser tratadas com maturidade e responsabilidade. Sempre que se fala em grandes equipas europeias, fala-se do Sporting. Não acredito que uma equipa com a história do Sporting queira jogar sábado contra uma equipa morta. É impossível», acrescentou.

O espanhol lembrou ainda que os problemas de saúde de alguns jogadores já se arrastam desde o jogo contra o Famalicão.

«Já tivemos problemas contra o Famalicão. O que aconteceu anteontem, ontem e hoje é incrível. Nunca vi uma situação igual. Sinceramente a racionalidade faz-me pensar que o jogo tem de ser adiado. Temos de ter em conta a saúde dos jogadores até para a imagem da Liga. É uma Liga de primeiro nível e que está a evoluir, que todos falam bem, e não pode ter uma episódio como este. Espero que a coerência e racionalidade impere», referiu.