A jornada 28 da Liga terminou com um empate a uma bola entre Vizela e Boavista num embate em que o tempero ficou reservado para a parte final. Os ingredientes prometiam, tranquilas na tabela as duas equipas podiam dar saltos interessantes na tabela, mas acabaram por se empatar no fecho da ronda.

Esteve na frente o Boavista, mais equilibrado e tranquilo no jogo, mas o empate vizelense ao minuto 88 ainda provocou uma reação enérgica à equipa da casa, acabando a sufocar a turma os axadrezados. O tal tem pero de um jogo que, durante a maioria do tempo, esteve longe de ser brilhante de parte a parte.

Os axadrezados já faziam contas a um segundo triunfo consecutivo que os atirava para a molhada de equipas com legítimas aspirações europeias, mas viram o Vizela resgatar um ponto no último fôlego. Insuficiente, ainda assim, para o assalto ao sexto lugar.

Bola cá, bola lá; faltou emoção

Vizela e Boavista – tranquilos na tabela e a olhar para cima – prometiam, à partida, um jogo aberto e entretido. Os primeiros minutos deram seguimento a essa expetativa. Jogada rápida de um lado, resposta do outro com um canto para cada lado nos instantes iniciais a perspetivar um bom jogo.

Rapidamente esse estigma esfumou-se. Calculistas e sem grande dose de erro, os dois conjuntos foram parcos em criatividade, tornaram o desenrolar do embate demasiado lento e sem chama. Esteve mais ligado o Boavista, teve trocas de bola mais longas, mas sentia dificuldades em chegar a zonas de finalização.

Por sua vez, o Vizela, teve mãos dificuldade em ter bola. Pelo meio, em lances fugazes, lá se registou uma aproximação ou outra à baliza adversária, como o cabeceamento bombeado de Bruno Lourenço que Buntic defendeu de forma aparatosa, ou cabeceamento que saiu a centímetros do poste por intermédio de Anderson.

Emoções guardadas para a fazer final

Na segunda parte o figurino não foi muito diferente. Aumentaram os índices de agressividade, a qualidade de jogo nem por isso. Continuou a ser o Boavista a ter mais pragmatismo, mais ferramentas para controlar o jogo e, consequentemente, mais lances de relevo junto da área de Buntic.

A vinte minutos dos noventa, já depois de dois sérios avisos, o Boavista chegou ao golo. Nota para o trabalho de Makouta na direita, a descobrir Yusupha na área. O avançado desviou a bola de forma subtil, adiantando a equipa do Bessa no marcador.

Na reta final a equipa de Tulipa resgatou um ponto. Grande golo de Rashid, o momento da noite, a encher o pé para assinar uma autêntica bomba que fez o Vizela entrar em efervescência para os instantes finais. Ainda carregou o Vizela, encostou o Boavista às cordas, mas sem conseguir chegar a um triunfo que seria injusto para as panteras.