Quando te dão 100M para compores um plantel e a condicionante de não poderes ter mais do que três jogadores de cada equipa, é importante saber onde investir. A forma como se gere um plantel de fantasy está sempre dependente da competição a que diz respeito. Portanto, convém saber alguns dados do campeonato português para jogar a LIGA MAISFUTEBOL.

Até disputares a primeira jornada, podes trocar toda a tua equipa, mas quando fores para a segunda, só podes transferir dois jogadores gratuitamente (se trocares mais, terás pontos de penalização). Tens de ter uma base forte, para ires ajustando depois com recurso às duas transferências gratuitas. Também temos umas dicas para a gestão jornada a jornada, num outro artigo.

Os três grandes

Primeiro – ao contrário, por exemplo, de Inglaterra – é muito fácil saber quem serão os três primeiros. Pode sempre haver uma surpresa, mas é expectável que Benfica, FC Porto e Sporting fiquem no pódio. Logo, esquece as tuas preferências clubísticas e aposta em jogadores dos três grandes.

Dos três grandes, o FC Porto é quem tem o arranque mais fácil. Recebe o Estoril, o Moreirense e o Desportivo de Chaves e vai a Tondela e Braga. Nas cinco jornadas inaugurais, só a deslocação a Braga parece ser problemática. Esperam-se, por isso, muitas clean sheets (não sofrer golos) e golos marcados.

O Benfica tem três jogos em casa também, mas o primeiro é logo com o Sp. Braga (os outros são Belenenses e Portimonense). As duas deslocações podem ser complicadas: Chaves e Rio Ave.

O Sporting tem três deslocações nas primeiras cinco rondas: Aves, Vitória de Guimarães e Feirense. Em Alvalade, os leões receberão Vitória de Setúbal e Estoril.

Uma distribuição equilibrada dos 9 jogadores que podes ter dos três grandes seria: um guarda-redes, três defesas, três médios e dois avançados. Podes, claro, abdicar do guarda-redes e juntar um defesa ou um médio. Ou até ter apenas um avançado dos três grandes. Apostar em três avançados dos três grandes é desaconselhado: são muito caros e limitam-te muito as opções para as restantes posições.

Os outros e o calendário

Sabendo que só vais poder transferir dois jogadores a cada jornada, é boa ideia teres atenção ao calendário e não contratares um jogador que só te será útil na próxima jornada.

Para o plantel inicial, há equipas que podes evitar. Por exemplo, o Sp. Braga é sempre um candidato à Europa, mas nas cinco primeiras rondas tem o Benfica (na Luz, logo na primeira) e o FC Porto (em Braga, à quarta ronda). O Desp. Chaves também enfrenta estes dois: recebe o Benfica na segunda jornada e vai ao Dragão na quinta. O promovido Portimonense tem três deslocações difíceis: a Braga (2ªJ), Vila do Conde (3ªJ) e à Luz (5ªJ).

O Marítimo, pelo contrário, é uma boa aposta inicial. Joga três vezes em casa (contra Paços, Boavista e Rio Ave) e apenas duas fora (Belenenses e Portimonense). O Feirense recebe o Sporting na quinta, mas antes dessa, tem Tondela e Paços em casa e deslocações a Moreira de Cónegos e Chaves.

Onde gastar o orçamento

Uma das características do futebol português, que não se deve alterar tão cedo, é o pendor defensivo. Muitas equipas, incluindo por vezes os grandes, preocupam-se mais em não sofrer golos do que em marcar muitos. Por isso, investir num bom guarda-redes e em defesas não é descabido. Sobretudo em centrais que marcam golos de cabeça, como os do FC Porto, ou Raul Silva, agora no Sp. Braga. Mas também em laterais ofensivos ou que batem bolas paradas: mais uma vez, o melhor exemplo é do FC Porto: Alex Telles. Mas também há Grimaldo.

No meio-campo, os extremos são quem costuma dar mais retorno, mas às vezes há elementos surpresa, como a quantidade de golos que Pizzi apontou na época passada, jogando numa posição central do miolo benfiquista. Aqui, podes apostar em extremos de equipas mais pequenas. Na época passada, os melhores exemplos foram Iuri no Boavista e Gil Dias no Rio Ave.

No ataque é onde a coisa se complica, porque os bons são os jogadores mais caros. Ainda assim, é recomendável que guardes orçamento para poderes ter dois avançados dos três grandes. O terceiro poderá ser uma opção mais low cost, mas que seja titular indiscutível da sua equipa.

Um exemplo de distribuição orçamental pode ser: 11M para os dois guarda-redes; 28M para os cinco defesas; 35M para os cinco médios; e 26M para os três avançados. Mas guarda estes valores apenas como indicativo e faz os ajustes que aches necessários.

O factor casa e a rotação

Um dos truques importantes para a gestão de jogadores que não são dos três grandes é o factor casa. Tenta equilibrar a tua equipa com jogadores de equipas que não joguem todas em casa na mesma jornada. Deste modo, podes ir rodando. Deixas no banco os que jogam fora e no onze os que jogam em casa. Na semana seguinte trocas.

Assim, podes poupar uns trocos em algumas posições. Se tiveres dois guarda-redes de equipas que lutam pela Europa, em vez de um dos grandes, podes ir mudando entre o que joga em casa e o que joga fora. Na linha defensiva, a mesma coisa. Por exemplo, a dupla Vitória de Guimarães e Sp. Braga é boa para este tipo de rotação. Marítimo e Sp. Braga também funciona em parte do calendário.

Tem este factor em conta quando começarem a surgir os jogadores revelação em equipas mais «modestas». Quando trouxeres dois para o plantel, tenta que sejam de equipas que não jogam em casa na mesma jornada.

Não te podemos garantir sucesso, se não todos ganhavam. Mas se seguires estas dicas e lhes juntares o teu cunho pessoal, é bem possível que o teu nome apareça na tabela dos vencedores.

Bom jogo! Começa já!