Lori Sandri, treinador do Marítimo, depois do triunfo sobre o V. Setúbal (2-0), no Estádio do Bonfim, jogo que encerrou a 5ª jornada da Liga:
«Gostei em dois aspectos. No primeiro porque trabalhámos bem tecnicamente e tivemos oportunidades. No segundo porque sofremos uma grande pressão, mas a equipa soube suportar bem essa pressão e conseguiu sair com a bola trabalhada sem chutão para a frente. Tivemos a felicidade de transformar em golo as oportunidades criadas. A equipa amadureceu com o jogo de Valência, sente-se mais confiante. Alguns jogadores que sentiram dificuldades no início da época, já estão sentindo-se melhor».
Os dois golos resolvem os problemas no ataque?
«Começou a melhorar, mas têm que entender que ao alto nível existem muitas mudanças. A nossa preocupação hoje era, depois de fazermos um bom jogo contra o Valência, não pensar que não teríamos de ter necessidade de lutar dentro de campo e isso não aconteceu. O ataque precisa melhorar. Estou a jogar com jogadores de velocidade e não vou poder jogar sempre assim. Preciso muito que tenhamos, a partir de agora, um avançado que sobressaia e consiga ocupar a posição. É difícil continuar a jogar com dois homens em velocidade e o Marcinho mais atrás. Se as coisas continuaram assim, tranquilo, mas no futebol a realidade por vezes é diferente».
A fechar a conferência, o treinador quis deixar uma mensagem especial a Auri que cometeu o erro que deu origem ao primeiro golo do Marítimo:
«Auri foi meu jogador no Curitiba (1995/96) e quero lhe dizer que levante a cabeça porque ele é um grande homem e de grande carácter. Não é por ter feito um erro esta noite que vai deixar de ser quem é. Quero deixar essa mensagem pare ele. Dei-lhe um abraço no final do jogo e disse-lhe isto mesmo».