Lucho González deu uma entrevista aos franceses da «RMC», na qual fala da possibilidade de encerrar a carreira no FC Porto, de um eventual convite do Marselha para um regresso, mas também da temporada de João Moutinho no Mónaco.

Questionado se o final de carreira será de dragão ao peito, o argentino disse que ainda não sabe. «Pode ser, sim. Vamos ver. Tenho contrato até junho. Temos tempo para decidir», respondeu.

E se o Marselha o chamasse de volta, foi a pergunta seguinte. «Isso é outra coisa. É diferente. Não é apenas o físico, é também a cabeça. É preciso estar preparado! Não é fácil jogar num clube como o Marselha. Não é só uma questão de preparação física e tática, é também mental. Há sempre um pequeno problema que torna as coisas mais difíceis que noutro clube», respondeu Lucho.

O internacional argentino não esquece a polémica com que lidou durante os anos em que representou o Marselha, por causa do preço que custou. «Não é culpa minha se aceitaram pagar os 30 milhões que o presidente do FC Porto pagou. Não é culpa do Pastore se o PSG aceitou pagar ao Palermo os 40 milhões. Não pegamos na bola e fintamos toda a gente antes de marcar. O futebol não é assim», recordou.

Lucho saiu em defesa não só de Pastore, mas também de João Moutinho, seu colega no FC Porto. «Não é fácil a adaptação à Liga francesa, que é muito severa fisicamente», alegou.

«El Comandante» falou também da seleção argentina, para assumir que tem poucas ou nenhumas esperanças de ir ao Mundial. «A Argentina já tem um grupo formado. Pode entrar um ou dois jogadores, mas o selecionador já terá a sua lista. Eu vou ser um adepto. Temos também Portugal, e ainda a França. Vou ser um adepto durante o Mundial. Discute-se muito que o Tévez pode ficar em casa, apesar das suas exibições. A Argentina conseguia facilmente formar duas listas de 23 jogadores», afirmou.

[artigo original: 21h20]