Lucho Gonzalez alimenta o sonho de ganhar a Liga dos Campeões com o FC Porto. «Podemos ter essa ambição também», diz El Comandante, a propósito do próximo jogo, a visita a Kiev. Que lhe traz muito boas recordações.
O F.C. Porto visita o Dínamo Kiev na quarta-feira em posição confortável na Liga dos Campeões, depois de ter vencido os dois primeiros jogos. Foi bem diferente há quatro anos, no último confronto com a equipa ucraniana. Nessa altura, a equipa orientada por Jesualdo Ferreira chegava à Ucrânia depois de três derrotas seguidas. Lucho fala mesmo em mini-crise.
«Logicamente que este clube não está acostumado a tantas derrotas seguidas. Tínhamos sofrido duas na Liga ena. Há sempre uma mini-crise a emergir, ou algo parecido. Isto pode acontecer no futebol», recorda agora Lucho, em entrevista à UEFA. «A história deste clube é feita de vitórias. Era importante ganhar», prossegue Lucho.
Era a quarta jornada da fase de grupos, onde o FC Porto chegava com apenas três pontos. O Dínamo adiantou-se no marcador aos 20 minutos, mas o dragão deu a volta. Primeiro marcou Rolando e depois Lucho, já nos descontos.
O argentino dá todo o crédito ao seu compatriota e ex-companheiro Lisandro. «Foi uma saída em contra-ataque nos minutos finais. Acho que o Lisandro montou toda a jogada, fez-me um excelente passe e eu marquei de forma fácil», recorda, lembrando como acabou esse jogo para si: «Celebrei tirando a camisola e fui expulso. Foi a primeira vez que me aconteceu na Liga dos Campeões. Foi um ato emocional, pelo golo que marquei, mas não pude jogar no jogo seguinte.»
Depois de Kiev o FC Porto ganhou os dois jogos seguintes, ao Fenerbahce e Arsenal, seguiu para os oitavos de final e só caiu nos quartos de final. «ão perdemos mais nenhum jogo até sermos eliminados pelo Manchester United», salienta Lucho.
Posto isto, o médio deixa a convicção de que o FC Porto pode vir a repetir a proeza da equipa de José Mourinho, em 2004, e ganhar mesmo a Liga dos Campeões. «Nessa era em que o FC Porto ganhou, houve uma série de jogos contra equjipas que eram consideradas favoritas. É possível e temos sempre de sonhar. Temos um objetivo claro, chegar aos oitavos, e depois ver a equia que nos calha. Há sempre surpresas na Liga dos Campeões. Temos visto isso . Podemos ter essa ambição também: uma equipa portuguesa voltar a ganhar a Liga dos Campeões.»