Luisão mora há sete anos em Lisboa e já se sente meio português. Já fala com expressões que só se usam deste lado do Atlântico e queria ter evitado um duelo com Portugal no Mundial. É disso que o defesa do Benfica fala numa entrevista na «Globo», que dedica reportagens aos 23 convocados do Brasil.

Não é só Luisão, a família já está perfeitamente identificada com Portugal. A começar pela filha de dois anos. «Ela já diz ¿queres¿, chega e fala ¿dá licença, pá¿», constata Brenda, a companheira de Luisão, que já nem pensa em voltar ao Brasil: «Se ele quiser ficar aqui para sempre, fico.»

Luisão já tem dupla nacionalidade e aprecia um bom vinho, azeite e peixe. Está tão familiarizado como que brinca com uma das «instituições» da cultura portuguesa.

«Já tenho o passaporte e agora só falta o bigode», ri-se: «Mas isso nem pensar.»

«Agora estou bastante identificado com o país, com tudo. É o país em que vivo, que acolheu toda a minha família», prossegue, mais a sério, para depois antecipar o duelo com Portugal na fase de grupos do Mundial: «Não queria que tivesse o duelo. Espero que cheguem os dois países classificados. Mas quero vencer para voltar por cima...»