O assalto ao hotel onde está instalada a selecção do Luxemburgo, no Algarve, surpreendeu negativamente a comitiva, sobretudo tendo em conta as condições apresentadas pela unidade hoteleira. O acontecimento ensombra a passagem da comitiva luxemburguesa por Portugal e acentua a onda de crimes no sul do país.

«Ontem [domingo] pelas 18 horas fomos fazer uma sessão ligeira de treino de cerca de uma hora e foi nesse espaço que aconteceu o assalto. Ficámos todos admirados. Um assalto a um hotel destes é incrível, porque as condições são óptimas, é um hotel muito bom. Foi uma grande surpresa», confessou Daniel da Mota, um dos jogadores que vão defrontar Portugal, em declarações ao Maisfutebol.

Federação portuguesa solidária com Luxemburgo

O jogador do Dudelange, equipa local, explicou terem sido assaltados quatro quartos: um de jogadores e três de elementos do staff, entre os quais o quarto do presidente da Federação. Para além de dinheiro, foram levados computadores, telemóveis, ipads, iphones, roupa e bilhetes para o duelo do Estádio do Algarve. «É lamentável e incrível. Não consigo dizer muito mais», assume Daniel da Mota.

A GNR foi chamada ao local, como nos explicou o internacional luxemburguês, para iniciar as investigações. Os elementos dos quartos assaltados foram transferidos para outros aposentos, naquela que é, apenas, uma das medidas tomadas no seguimento do assalto. Há outras. «Hoje, quando fomos treinar, já ficou uma pessoa a vigiar os quartos. Tem de ser. Felizmente o hotel já assumiu as responsabilidades», afirma.

«Bom resultado era o empate»

Aproveitando a conversa sobre o assalto, o Maisfutebol mediu o estado de espírito do Luxemburgo para o duelo com Portugal. A selecção do centro da Europa será rival dos homens de Paulo Bento na caminhada para o Mundial 2014, mas, para já, o jogo tem, apenas, caracter particular.

«Para nós é mais um jogo de preparação. Portugal tem uma boa equipa e será um bom jogo para nos prepararmos. Queremos o melhor resultado possível. O que era um bom resultado? Um empate», atira, entre risos.

Daniel da Mota, de 25 anos, nasceu no Luxemburgo, mas é filho de emigrantes portugueses. Só há quatro anos, aliás, obteve a nacionalidade luxemburguesa, por isso será diferente enfrentar Portugal. «Vai ser um jogo especial, porque é contra uma grande equipa e porque é Portugal...», resume.