A Florença do Leste tem um centro histórico encantador. O Maisfutebol aconselha, de resto, aos adeptos portugueses um salto à Market Place antes do jogo frente à Alemanha. Há animação, cultura a brotar em cada edifício, boa cerveja e pessoas bonitas.

Junto da UEFA foi possível apurar que a lotação do estádio estará dividida da seguinte forma: dez mil adeptos alemães, cinco mil portugueses e os restantes lugares divididos entre turistas norte-americanos, ucranianos compradores no mercado negro e convites.

Anastasija Shamotko é guia-intérprete em Lviv, fala um inglês corretíssimo e diz ser «perfeitamente normal nos hábitos ucranianos» este recurso ao mercado especulador.

Lviv: trapalhadas no aeroporto, atrasos graves no estádio

«Os bilhetes voam de mão em mão e atingem preços astronómicos. É pena, pois impede que a esmagadora maioria dos ucranianos possa ter acesso aos jogos», lamenta ao Maisfutebol.

Poucos conhecerão tão bem Lviv como Anastasija. «É uma cidade multicultural, de estrutura arquitetónica medieval e que, ao contrário das outras grandes cidades ucranianas, resistiu à II Grande Guerra Mundial. Só cinco por cento da cidade foi arrasado».

A guia-intérprete assegura que o casco histórico é «totalmente seguro 24 horas por dia» e que só nos arredores de Lviv poderão haver situações de delinquência. «É uma cidade de quase um milhão de habitantes. É impossível controlar tudo e todos».

Apesar de toda a simpatia para este jornalista português, a ucraniana deixou um aviso no final: «Desculpe, quero que a Alemanha ganhe a Portugal. O meu namorado é alemão».

Um argumento irrebatível.

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