Não fosse a urgência do tempo e a limitação do corpo, a chegada da reportagem do Maisfutebol ao Aeroporto de Lviv teria coincidido com o máximo triunfo da comédia ucraniana.

Assim, foi apenas uma perda de 45 minutos a confirmar que a organização neste país está a léguas da congénere polaca.

O caso relata-se em poucas palavras: o avião chega, o veículo-escada tenta fazer a acoplagem ao aparelho - de forma a permitir a saída dos passageiros - e falha. Não uma, não duas, mas três vezes.

Depois de trocas de palavras agrestes entre os funcionários, chamadas de emergência e um inacreditável barafustar (tudo seguido por nós de dentro do avião), lá chegou um quarto veículo capaz de aproximar a escada da porta do avião com um mínimo de segurança.

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Nem o comandante germânico da aeronave acreditava no que os seus olhos viam. Para chegar à plataforma, os passageiros foram obrigados a dar um salto de meio metro. Por acaso não viajavam pessoas idosas nem com limitações físicas.

Se esta cena, só por si, permitiu identificar uma impreparação grave, a confirmação deste primarismo chegou logo que avistámos o estádio ao longe. Há apenas uma rua com dois metros de largura e um piso deplorável a fazer a ligação da estrada nacional ao recinto.

É normal que no dia do jogo o trânsito acumule nessa zona. Para terminar, mais problemas: os parques de estacionamento ainda estão a ser construídos. O que há, nesta altura, é um imenso piso em terra batida.

Do mal, o menos: as bancadas são boas e a relva parece impecável. Os jogadores lusos só terão de se preocupar em jogar.

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