Gilberto Madail voltou a abordar esta quinta-feira o caso Queiroz, depois de o Conselho de Justiça (CJ) ter anulado a decisão de primeira instância sobre o seleccionador nacional. O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) não se mostra arrependido com o despedimento, mas diz que vai cumprir a nova deliberação.

«A direcção cumpriu com a deliberação dos seus órgãos. Cumpriu com o Conselho de Disciplina e agora vai cumprir com uma decisão juridicamente diferente do Conselho de Justiça, que no entanto não deixa de reconhecer motivo grave que fundamentou a decisão anterior. Não estou arrependido de ter despedido o seleccionador anterior. É preciso ver todas as razões», afirmou.

O dirigente voltou a reforçar que, por enquanto, não pretende entrar em nova corrida para a presidência da FPF, também no dia em que soube que as novas eleições deverão realizar-se em Janeiro do próximo ano: «Era o que tínhamos pedido. Pedimos para que fossem convocadas eleições. Confirmo que já disse há algum tempo: não vejo nenhuns motivos para me recandidatar. Se farei parte de uma lista com outras funções? Eu sei lá. Quem faz as listas é que deve saber.»

No que diz respeito à escolha de Paulo Bento para seleccionador, Madail garante que o antigo treinador já estava nos seus planos «há muito tempo» e que a tentativa de contratar Mourinho por dois jogos não pode ser vista como foi descrita na comunicação social. «Isso é uma história que não pode ser contada assim, e que o será no momento oportuno. Conhecem-me há 12, 13 anos e sabem que não sou tão leviano assim para fazer o que vem relatado nos jornais. Deve haver razões, mas não queria falar sobre isso hoje», concluiu.