Nelo Vingada prepara-se para abandonar o WAC Casablanca, dois meses depois de ter chegado a acordo para orientar o clube de Marrocos. O treinador português invoca razões pessoais para pedir à direcção do WAC que o liberte, mas não deve ficar no desemprego. Segundo as informações recolhidas, Vingada é cobiçado pela selecções do Iraque e da Jordânia.
«É verdade que pedi ao clube para sair, devido a questões pessoais e uma série de pequenos pontos que foram surgindo ao longo deste tempo. Vou-me reunir com os dirigentes do WAC e tentar chegar a acordo, mas continuarei a treinar a equipa até 16 de Agosto», confirmou o técnico, ao Maisfutebol.
No contrato assinado entre as partes em Junho, e válido por um ano, existe uma cláusula que permite a Nelo Vingada rescindir a troco de uma indemnização correspondente a dois meses de salário. Curiosamente, se essa fosse a via a seguir, o treinador acabaria por perder todo o dinheiro que recebeu na curta estadia no clube.
«Espero chegar a um acordo amigável com o clube, que sempre defendi com enorme profissionalismo», lembrou o técnico, confirmando ter recebido, na passada semana, um convite do Zamalek (Egipto) para suceder a Henri Michel: «Sim, confirmo-lhe que recusei esse convite e que seria altamente compensador, do ponto de vista financeiro. Ao nível do que um treinador recebe no Benfica, Sporting ou F.C. Porto.»
O WAC Casablanca está a realizar um estágio em Portugal, até 16 de Agosto. Nessa altura, Nelo Vingada deverá despedir-se do clube e ponderar sobre o seu futuro, que deverá passar pelo comando técnico de uma selecção do Médio Oriente. O Iraque, que perdeu o brasileiro Jordan Vieira (ndr. amigo pessoal de Vingada), está interessado, tal como a Jordânia. O técnico português não quis comentar estas possibilidades.