Jorge Jesus é treinador há quase três décadas, mas para já, descarta completamente ter outra função no futebol que não essa. O agora técnico do Al-Hilal, da Arábia Saudita, foi convidado de uma palestra sobre liderança e multiculturalidade e afirmou que nunca será dirigente.

«Nem no Sporting nem em clube nenhum faz parte dos meus objetivos gerir ou ser presidente de um clube, isso está fora de questão. A minha grande paixão é o jogo, o futebol, é isso que me move, por isso é que mudei para a Arábia Saudita, não passa pela minha cabeça [ser dirigente], está fora de questão», garantiu.

«Fui buscar os bloqueios do basquetebol, agora com o VAR é mais complicado, mas eu fui buscar isso do basquet, entretanto as grandes equipas do mundo começaram também a inovar nisso, é um momento estratégico e tático do basquetebol», começou por contar, questionado sobre as inovações que tinha feito ao longo da carreira. «Eu inspiro-me muito em modalidades que não têm nada a ver com o futebol, quando comecei a ser treinador fiz um estágio de duas semanas com um técnico de basquetebol», acrescentou.

O ex-timoneiro do Sporting reconheceu depois que os treinadores portugueses têm características que a maior parte dos técnicos estrangeiros não têm, e explicou porquê: «Os portugueses são reconhecidos porque têm uma capacidade de trabalho e de inovação, que depois transportam para a metodologia do treino, que a maior parte dos outros treinadores não têm. O português é um trabalhador nato, um vencedor, é alguém que quando sonha e quando tem objetivos consegue atingi-los, sabendo sempre que o grande passo a dar em qualquer atividade é sempre uma boa organização e disciplina.»