Carlos Queiroz despediu-se esta terça-feira da seleção do Irão e explicou, em conferência de imprensa, os motivos que levaram a esta decisão, anunciada já há alguns dias.
 
«Há uma diferença de opiniões dentro da federação. Há quase duas federações, com dias opiniões, mas, a partir do momento em que uma das partes pensa que tem o direito a humilhar, ofender, faltar ao respeito - a mim, aos jogadores e à equipa técnica - , isso é inaceitável», frisou.

O selecionador, que levou o Irão ao Campeonato do Mundo do Brasil, e que em setembro tinha renovado contrato até 2018, diz que se tornou no «elo mais fraco» na luta de poder entre a federação e o Ministério do Desporto iraniano, e que a tutela governamental lhe disse que não tinha «os requisitos mínimos» para o sucesso
 
Apesar do diferendo, Queiroz diz que sai «de cabeça erguida». «Sinto-me muito honrado e orgulhoso por ter dirigido o Irão nestes últimos quatro anos».

«Sinto-me triste por sair nestas circunstâncias, mas a vida é assim, e é altura de seguir em frente», disse ainda, agradecendo o «carinho» dos adeptos e o «empenho e trabalho» dos jogadores.