Carlos Queiroz pediu a demissão do cargo de selecionador do Irão.

Na base da decisão está o facto de o técnico português considerar que não tem condições para levar a seleção ao próximo campeonato do mundo, que se realiza em 2018 na Rússia.

«Face à degradação das condições de trabalho existentes e ao incumprimento dos compromissos assumidos, o objetivo da qualificação está em risco», afirmou Queiroz numa carta enviada ao presidente da federação de futebol iraniana, na qual pede a rescisão amigável do contrato a 30 de abril.

Recorde-se que o Irão comanda o grupo D da fase de qualificação asiática com 14 pontos, seguido da seleção de Omã, que com 11, é a única equipa que ainda pode terminar na frente.

Queiroz ainda deverá orientar a equipa nas receções a Índia e Omã, a 24 e 29 de março, respetivamente.

Para chegar ao Mundial, o Irão ainda terá de passar por uma segunda fase de grupos, este ano. «A minha responsabilidade, enquanto selecionador nacional iraniano (...), vai muito além do simples facto de treinar a equipa. Seria fácil para mim continuar (...), mas a minha consciência obriga-me a partir e a alertar os responsáveis», escreveu ainda o treinador na mesma carta a que a agência Lusa teve acesso.

«Constato que a minha presença está a ser um entrave para que cheguem à Federação os recursos básicos necessários à preparação ideal da equipa, recursos esses que já tínhamos acordado serem condição para a continuidade do nosso projeto», acrecenta Queiroz, que acredita que a sua saída «ajudará a desbloquear esses recursos», aescentou.

Carlos Queiroz é selecionador do Irão desde 2011. Apurou a seleção para o Mundial de 2014, no qual somou um empate com a Nigéria (0-0), uma derrota com a Argentina (1-0) e outro desaire com a Bósnia (3-1).