O Observatório contra a LGBTfobia, de Espanha, apresentou na Comissão de Antiviolência no Desporto uma denúncia contra Daniel Carriço e o próprio Sevilha, por alegado comentário homofóbico para o árbitro da final da Taça do Rei, perdida neste domingo para o Barcelona.

A associação baseia-se no próprio relatório do árbitro, que expulsou Carriço já no prolongamento (119m). «Após ser admoestado, o jogador protestou de forma ostensiva, gritando a escassa distância de mim e dizendo 'marica'», escreveu Carlos del Cerro.

«É um comportamento verdadeiramente vergonhoso e reprovável, sancionável perante a Lei do Desporto, e que, como temos dito, repete-se diariamente nos estádios espanhóis, sem que as autoridades desportivas ou as equipas façam algo para erradicar estas atitudes homofóbicas», queixa-se Paco Ramírez, presidente do Observatório.

O comunicado refere ainda que «a falta de sanções públicas e exemplares promovem a impunidade destes insultos», e queixa-se que as autoridades desportivas «só atuam com contundência e celeridade perante casos de racismo e xenofobia, com a homofobia a constituir-se uma intolerância de segunda categoria».

O Observatório contra a LGBTfobia lamenta ainda que nada tenha sido feito relativamente a uma denúncia anteriormente apresentada, relativa a alegados comentários homofóbicos dos adeptos do Barcelona, dirigidos a Cristiano Ronaldo, e promete «outro tipo de ações legais» caso tudo se mantenha.