[nota: a entrevista a Ricardo Pereira foi efetuada antes do anúncio da chamada à Seleção Nacional]

A relação com Luís Castro e a exibição (com golo) frente ao Benfica, em maio de 2014, são algumas das boas recordações de Ricardo Pereira no FC Porto.

Com Julen Lopetegui, apesar do respeito demonstrado pelo espanhol na entrevista ao Maisfutebol, Ricardo nunca percebeu bem qual o seu papel. O espanhol nunca incluiu o agora atleta do Nice nas opções para extremo e também nunca pareceu convencido com os seus desempenhos a lateral direito.

Ficam ainda os elogios para Rúben Neves e Sérgio Oliveira, colegas no Europeu de Sub21 e no FC Porto.


Nunca se percebeu muito bem o que Lopetegui queria de Ricardo. Concorda?
«Sim, também acho. Como avançado acho que nunca olhou a sério para mim. Apesar de ter feito uma boa pré-época em 2013 como extremo, depois nos jogos oficiais nunca tive oportunidades nessa posição. Creio que fiz um jogo a titular, contra a Académica. De resto joguei sempre atrás. Mas atrás fui sempre uma opção de recurso, nunca fui uma verdadeira opção».

Em duas épocas fez 34 jogos e dois golos na equipa A do FC Porto. Qual foi a melhor exibição de dragão ao peito?
«Penso que foi contra o Benfica, último jogo da temporada 2013/14. O jogo correu-me bastante bem e fiz um golo. Joguei a extremo e marquei um golo logo no início».

A sua melhor fase no FC Porto foi com o Luís Castro?
«Creio que sim. Fiz cerca de seis jogos consecutivos [n.d.r. presença em sete dos últimos oito jogos] e fiz uma boa parte final da temporada. E acabei com o tal golo ao Benfica».

Juntou-se ao estágio do FC Porto este verão com o Rúben Neves e o Sérgio Oliveira. Um é titular e o outro não tem sido convocado…

«O Rúben tem uma qualidade tremenda. Teve a oportunidade e agarrou-a com unhas e dentes. O Sérgio esteve muito bem no Europeu Sub21, fez uma boa pré-época, mas infelizmente não está a ter oportunidades. Quando tiver, vai agarrá-la também. É um médio com dimensão para jogar no FC Porto».
      
Que análise faz ao FC Porto 2015/16?
«Continua bem, a jogar bom futebol. Está no caminho certo para os troféus. A ideia de jogo do mister Lopetegui mantém-se. É um estilo que requer paciência a quem joga. Temos sempre de esperar pelo momento certo no jogo para não facilitar».