Ricardinho ao jeito de Cristiano Ronaldo. O melhor jogador do mundo de futsal é igualmente português, também joga em Espanha e também não é poupado pelos adeptos quando os jogos não lhe correm tão bem, apesar do muito que tem dado ao Inter Movistar.
 
Por isso, no final do jogo em que marcou o 2-1 e deu o tetra campeonato ao Inter, na segunda-feira, o português chorou: «Sim, por tudo, pelas críticas. As pessoas pensam que o Ricardinho tem de resolver todos os problemas. Esquecem-se que isto é um desporto coletivo. Não sabem quantos minutos joguei por jogo, mais de trinta, lesionado, com dores, sem parar, mas pensam que somos máquinas.»
 
No entanto, entre risos, aos microfones da Cadena Ser, disse que até os pais esperam que marque sempre: «Perguntam se ganhámos e depois quantos marquei. Para eles e para muita gente o que conta são os golos e não o resto.»
 
Na mesma ocasião, Ricardinho admitiu que não foi o melhor final de época da carreira, mas diz sentir-se bem e querer continuar no clube no qual ganha tudo, mostrando-se satisfeito com a temporada que agora terminou.
 
«Estou muito contente, fizemos algo histórico: batemos recordes, somos campeões pelo quarto ano seguido, conquistámos o triplete - campeonato, Taça de Espanha e UEFA Futsal Cup -, e ganhámos finalmente um título em casa, que nunca tínhamos ganho.»