A nova aventura de José Mourinho em Inglaterra marcará também o reencontro com um antigo rival. Pep Guardiola vai orientar o Manchester City, e se antes a rivalidade era grande, agora promete ser ainda maior, uma vez que se encontram na mesma cidade.

Mourinho não quis alongar-se sobre o assunto, mas revelou que não irá ter o mesmo tipo de relação que tinha com o técnico espanhol, recusando um cenário de guerra entre ambos.

«Na próxima época se houver uma outra equipa que ganhe os primeiros cinco jogos, vão considera-lo candidato. Falar de uma equipa, de um treinador, de um inimigo, ainda que não goste dessa palavra no futebol, acho que não é certo neste país. Em Espanha eram dois cavalos de corrida, aí fazia sentido esse tipo de abordagem, aqui não faz»

«Se nos focarmos demasiado num oponente, os outros vão ficar satisfeitos com isso, portanto não quero fazer parte disso. Irei ter respeito por todos os clubes, especialmente um [Chelsea] que foi a minha casa durante sete anos. Sou o treinador do maior clube de Inglaterra e tenho de estar focado», sublinhou o técnico português.

Mourinho revelou ainda mais pormenores sobre a saída de Ryan Giggs, livrando-se de culpas nesse episódio.

«Não é por responsabilidade dele que não está no clube, nem é culpa minha. O Ryan queria ser treinador do Manchester United, e a direção entendeu que esse cargo era para mim. Há 16 anos tive a mesma decisão, e o Ryan tomou essa decisão neste momento. Se podia ser meu assistente....podia ser aquilo que ele quisesse ser, mas ele tomou uma decisão»

«Não é fácil, foi um ato de coragem. Não é apenas o facto de dar esse salto, é também o sair de casa, 29 anos não são 29 dias, por isso foi corajoso e desejo-lhe boa sorte. Se um dia o Manchester quiser que ele seja o treinador é uma prova de sucesso pessoal», referiu.