José Mourinho foi distinguido, nesta sexta-feira, com o prémio de treinador do ano na Premier League. O técnico português do Chelsea garantiu que não estava à espera, uma vez que não recebeu nenhum prémio mensal ao longo da época, mas mostrou-se satisfeito, ainda que tenha lembrado que o mais  importante foi conquistar o título.
 
«Não estava à espera. Não ganhei nenhum prémio de treinador do mês, e por isso não estava à espera, mas claro que estou feliz. É um troféu para a equipa, não individual. É para mim, para os adjuntos, para os jogadores, para todos os que trabalham comigo. É a cereja no topo do bolo, mas eu trabalho para o bolo, que é a Premier League», diz Mourinho.
 
O Chelsea fecha a temporada com uma receção ao Sunderland, e o técnico português quer garantir mais um resultado positivo em casa, embora tenha assumido que não é fácil motivar a equipa já com o título garantido.
 
«Quando atinges o objetivo é difícil mantê-los ao mesmo nível. São animais competitivos. É um pouco como os predadores. Depois de apanhar a presa, relaxam um pouco. Mas é o último jogo em casa, onde só conseguimos resultados positivos. Penso que os rapazes vão dar tudo para ganhar o jogo, ou pelo menos não perder e manter esse registo», disse.
 
Questionado sobre o melhor momento da época, Mourinho destacou o apito final da receção ao Crystal Palace, que confirmou matematicamente a conquista do título.
 
«Sentia que o título seria nosso há vários meses, mas não o podia dizer. E quando fica consumado matematicamente é o meu momento preferido. Mas ao longo da época tivemos alguns momentos-chave, por boas e más razões. A derrota com o Tottenham em janeiro, por exemplo. Ficámos em igualdade pontual com o campeão, perdemos a vantagem de sete pontos que tivemos. Foi um momento importante, um teste ao equilíbrio emocional», recordou.
 
No que diz respeito a lamentos, José Mourinho reconheceu algum excesso quando falou em campanha contra o Chelsea, em dezembro, ao sentir-se prejudicado pelas arbitragens.
 
«O que acontece, acontece. Não podemos mudar as coisas. O tempo não volta para trás. Talvez “campanha” não tenha sido uma boa palavra. Talvez retirasse essa palavra dos meus comentários. Mas tivemos más decisões durante um período», disse.