Paulo Fonseca não admite voltar tão cedo a Portugal. O treinador está em final de contrato com o Shakhtar Donetsk e ainda não decidiu o futuro, embora haja vontade do clube ucraniano em prolongar o vínculo.

Nesta altura, salientou Fonseca, o foco está todo na disputa pelo título, com o Shakhtar a liderar confortavelmente e muito perto de garantir nova conquista, depois de também ter festejado no ano passado.

«É uma campanha solitária? Antes de eu chegar, o Shakhtar não era campeão. No ano passado fomos, estamos bem lançados para o conseguir novamente. Estou num grande clube, com um excelente plantel e espero revalidar o título», desejou, à margem da sua presença no Forum dos Treinadores, que decorre em Braga.

Sobre as questões contratuais, Fonseca começou por sorrir e dizer que não pode revelar «praticamente nada» sobre o assunto, nesta altura, mas depois deu umas luzes sobre o estado em que se encontra o processo.

«Estou em final de contrato, o Shakhtar já me comunicou que quer renovar. Estamos em conversações, mas está tudo em aberto: ficar ou sair», garantiu.

Isto porque «têm surgido convites» e o técnico está a pensar no que será melhor para a sua carreira.

«Não são convites de Portugal, nem é minha intenção voltar agora a Portugal. Porquê? Porque me sinto muito mais valorizado lá fora. Gosto da experiência de treinar lá fora. Mas obviamente um dia espero regressar, mas não tão próximo», sublinhou.

Sobre a vontade de dar o salto para outras Ligas maiores, salientou: «Não estou obcecado com isso. As coisas têm de acontecer naturalmente. Estou apenas focado no Shakhtar, em terminar em primeiro lugar.»

Ainda sobre a realidade do seu clube, Fonseca garantiu não ter ficado surpreendido com a chamada de Ismaily à seleção do Brasil: «Na minha opinião, é um dos três melhores laterais do futebol europeu, neste momento.»