Ricardo Sá Pinto diz ser «completamente alheio» à acusação de manipulação de um resultado no campeonato grego, frente ao Olympiakos de Vítor Pereira, quando treinava o Atromitos. O treinador português, atualmente no Standard Liège, está incluído numa lista de 28 acusados de crimes relacionados com o futebol grego, particularmente o presidente do Olympiakos, Vanguelis Marinakis.

«Informo que não fui até ao momento citado ou contactado por qualquer entidade grega para prestar declarações sobre um caso que envolve um jogo do principal campeonato de futebol grego, em 2015, entre o Olympiakos e o Atromitos, clube que eu treinava na altura», destaca o antigo internacional em declarações à Lusa.

O Atromitos é acusado de ter «facilitado» nesse jogo, a 4 de fevereiro de 2015, que o Olympiakos acabou por ganhar por 2-1. A imprensa grega refere que, nesse jogo, o Atromitos não utilizou dois dos seus principais jogadores. «Mais informo que, no passado, enquanto treinador do Belenenses, desloquei-me de livre vontade à Grécia, onde declarei que desconhecia o caso e que nada tinha a ver com alegados factos. Sou completamente alheio a este assunto», refere ainda o treinador português.

Este foi, aliás, o último jogo de Ricardo Sá Pinto na sua primeira passagem pelo Atromitos onde acabou por voltar dois anos depois, na temporada 2016/17.

Um mega processo que, além de Sá Pinto, envolve o antigo presidente da Federação Grega de Futebol (EPO), Giorgos Sarris, e atuais e antigos dirigentes de vários clubes, entre os quais o presidente do Olympiakos, Vanguelis Marinakis, jogadores e ex-árbitros.

Ricardo Sá Pinto treinou na Grécia o OFI, na época 2013/2014, e o Atromitos, nas temporadas 2014/2015 e 2016/2017.