Apesar de somar já 72 jogos, nove golos e três presenças em fases finais de grandes competições ao serviço da Seleção Nacional, Ricardo Quaresma considera que só com Fernando Santos se sentiu mais confortável a representar a equipa das quinas.

«Antes, a única coisa que me faltava era confiança. Na Seleção, o único treinador que sinto que confia em mim e que me passa essa confiança é o Fernando Santos. Com todos os outros nunca senti essa confiança. Se calhar é por isso que nunca tinha feito grandes jogos na Seleção», disse numa entrevista concedida à beIN Sports turca.

O jogador português, de 34 anos, abordou vários assuntos, desde a apetência para as trivelas, ao talento que lhe valeu em tempos a alcunha de «Harry Potter». «Agradeço a Deus todos os dias o talento que me deu. Por poder chegar dentro do campo e fazer o que mais gosto de fazer e coisas diferentes de muitos jogadores. De dia para dia divirto-me mais a jogar futebol.»

«Havia treinadores que ficavam chateados e que às vezes pediam-me para cruzar normal, mas eu metia sempre a trivela. Havia treinadores que pensavam que eu não estava a fazer o que pediam, mas depois percebiam que era normal: não era por falta de respeito ou de concentração», recordou.

Direto e sincero, Quaresma desmontou ainda a ideia de que é um jogador com quem é difícil de se lidar. «Nunca tive problemas com treinadores. Sempre me meteram a fama de bad boy: jogador que causava problemas em todo o lado. Nunca fui muito de problemas. Sou uma pessoa direta: falo o que tenho de falar. Quando falas o que pensas no futebol, és o bad boy.

Tempo ainda para abordar a segunda saída do FC Porto, em 2015 com o espanhol Julen Lopetegui. «Tinha um treinador que não contava comigo e eu achava que ainda tinha muita coisa para dar ao futebol e o Besiktas mostrou interesse em que eu voltasse ao clube para ajudar a equipa a voltar aos títulos», rematou na mesma entrevista à beIN Sports turca e que foi conduzida pelo jornalista italiano Tancredi Palmeri.