O treinador português José Mourinho vincou que o projeto na Roma, em Itália, é do clube e não do seu dono, Dan Friedkin, do próprio técnico português ou do diretor-desportivo, o compatriota Tiago Pinto.

«Este não é o projeto do [Dan] Friedkin, não é o projeto do José Mourinho, não é o projeto do Tiago Pinto. Este é o projeto da Roma. Eu conheço os adeptos e a paixão. Se eu chego amanhã e ganho depois de amanhã… esse não é o projeto. O projeto é: os proprietários querem deixar um legado, algo importante para o clube, de forma sustentável. Queremos uma Roma com sucesso, um futuro de sucesso», afirmou Mourinho, em declarações aos canais oficiais da liga italiana, a Serie A, apontando a algo a longo prazo e não para o imediato.

O técnico de 58 anos, que está na sua segunda passagem por Itália, sublinhou ainda que está muito melhor agora na carreira. E, diz, isso deve-se à «experiência» acumulada.

«Estou muito melhor agora, sinceramente, porque penso que esta é uma profissão na qual a experiência significa muito. É como se tudo se tornasse um déjà-vu, porque passei por tantas experiências desde que deixei Itália… Claro que uma coisa é vir para um país pela primeira vez, ao qual chegas no nível zero e tens tudo a aprender. Não é o meu caso. Eu conheço Itália como país, como treinador de futebol. Conheço a Roma, porque no meu tempo em Itália, a Roma era a equipa mais próxima de nós [Inter] a lutar por títulos e eu estou preparado», apontou.

«Nas últimas décadas não há muitos momentos dos quais os adeptos tenham desfrutado e parece que a paixão está sempre lá. É muito fácil ser um adepto fervoroso de uma equipa que está constantemente a ganhar e outra coisa é estar nesta situação, que para mim significa muito», disse, ainda, elogiando assim os associados dos romanos.