Paulo Futre recordou o ingresso no Benfica em 1993, explicando que foi a solução encontrada para o seu futuro numa fase de crise do Atlético Madrid, com vários meses de salários em atraso.

«Não havia um tostão. Não pagavam há oito meses, o clube estava embargado e a minha saída era a única solução. Inventámos um conflito e fui para o Benfica. A RTP, a televisão pública de Portugal, pagou 600 mil em cash. Uma barbaridade naquela altura», recordou, em entrevista à revista «Líbero».

De facto, o caso levou mesmo à demissão do presidente da RTP, Monteiro de Lemos, por parte do Governo de Cavaco Silva.

Na mesma entrevista, Futre recordou que teve um contrato do Real Madrid em cima da mesa e recusou assinar, por respeito ao Atlético.

«Pensei na minha família e nos meus filhos. Não podia ir com eles para Madrid e para o Real. Voltei à sala e disse: ‘Peço desculpa, mas não vou assinar’. Queriam matar-me. Sou o único jogador do mundo que teve um contrato em cima da mesa e disse não ao Real Madrid», contou Futre.