José Mourinho ganhou novo recurso contra o castigo que lhe tinha sido imposto pela federação inglesa (FA) por alegadamente ter praguejado em português no final do jogo em que o Manchester United bateu o Newcastle por 3-2, a 6 de outubro passado.

O técnico foi inicialmente punido pela FA, recorreu, foi ilibado, mas a FA voltou a recorrer da decisão. O caso só agora ficou encerrado como novo veredito a favor de José Mourinho. Uma comissão independente avaliou o recurso apresentado pela FA e classificou o castigo imposto ao treinador português como «injusto» e desajustado.

Apesar de reconhecer que a FA agiu de «boa fé», o painel que avaliou este último recurso considerou o castigo desproporcional, até porque não há antecedentes com as mesmas características. «Não há exemplos comparáveis de jogadores ou treinadores que tenham sido punidos por comportamentos idênticos, pelo contrário, há exemplos de condutas mais graves que não foram alvo de sanções», lê-se no relatório final.

Esta comissão independente reconheceu o «difícil papel» da FA em «policiar» a alegada linguagem e os gestos ofensivos do treinador no relvado. A FA anunciou, entretanto, que aceitou a decisão da comissão independente, mas também anunciou que vai manter os mesmos procedimentos contra quaisquer atos que considere «abusivos, insultuosos ou impróprios dirigidos a uma câmara».