O Swansea de Carlos Carvalhal garantiu esta terça-feira a qualificação para os quartos de final da Taça de Inglaterra, o que já não acontecia desde 1964 -  o treinador português, por exemplo, nasceu em 1965 -, ao bater o Sheffield Wednesday de Frederico Venâncio e Lucas João no jogo de repetição, depois de um nulo no «velhinho» Hillsborough. A equipa orientada pelo treinador português, que reforçou o seu impressionante registo desde que chegou à Premier League (apenas duas derrotas em 14 jogos oficiais), vai agora aguardar pelo vencedor da eliminatória entre Rochdale e Tottenham, marcado para esta quarta-feira, para saber quem vai defrontar nos quartos de final. Foi também o sexto triunfo consecutivo de Carvalhal nos jogos em casa, o que já não acontecia há onze anos, desde 2007.

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Carlos Carvalhal, como tinha anunciado em conferência de imprensa, remodelou por completo a equipa que tinha perdido, na Premier League, diante do Brighton, reforçando a ideia que a prioridade do Swansea é de facto a manutenção na liga inglesa, mas a grande novidade estava no banco, onde se voltou a sentar Leon Britton que estava afastado dos relvados desde outubro.

O Swansea ainda não pôde contar com Renato Sanches, a recuperar de lesão, mas o Sheffield Wednesday entrou em campo com dois portugueses no onze titular, Frederico Venâncio no centro da defesa e Lucas João no ataque. A equipa da casa procurou, desde logo, assumir as rédeas do jogo, montando um autêntico cerco à área do adversário que, por sua vez, procurava sair com transições rápidas, com passes longos para Rhodes e Lucas João.

Carvalhal faz história no Swansea: «Sei disso porque nasci em 1965»

A equipa da casa mandava claramente no jogo, com uma elevada posse de bola, mas a primeira oportunidade evidente foi do Sheffield, com Butterfiled a obrigar Nordfeldt a aplicar-se entre os postes, antes de defender a recarga de Lucas João. O Swansea respondeu de imediato com um espetacular pontapé de bicicleta de Clucas que passou a rasar o poste. O Sheffiled ainda contou com mais uma oportunidade, com Lucas João a atirar à figura de Nordfeldt, mas os últimos minutos da primeira parte voltaram a pertencer totalmente à equipa de Carvalhal.

No entanto, ao intervalo continuava manter-se o nulo que já se tinha registado no primeiro jogo e um prolongamento seria a última coisa que interessava a Carlos Carvalhal. Talvez por isso, o treinador português, logo a abrir a segunda parte, reforçou a equipa com dois habituais titulares, com Martin Olsson e Jordan Ayew a saltarem do banco. O Swansea voltou a entrar mais forte e não demorou muito a chegar à vantagem. Bomba de Carroll, com a bola a bater nos dois postes e a sobrar para Jordan Ayew que, na recarga, atirou a contar.

O Sheffield reagiu de imediato, fazendo subir as suas linhas e criando oportunidades para chegar ao empate. O jogo estava claramente mais aberto nesta altura e Jos Luhukay, que sucedeu a Carvalhal no Sheffield, partiu a sua equipa, juntando Nuhiu à frente de ataque. Os visitantes tentavam colocar a bola na frente a todo o custo, com pontapés longos, mas o Swansea também tinha mais espaço para chegar à baliza de Dawson e acabou por aumentar a vantagem, aos 81 minutos, num rápido contra-ataque, conduzido por Abraham e finalizado por Dyer.

A vencer por 2-0, houve ainda tempo para uma substituição recheada de simbolismo, com as bancadas do Liberty a levantaram-se para aplaudir o regresso do capitão Leon Britton, uma verdadeira lenda do Swansea, que estava afastado dos relvados desde 21 de outubro.